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6 DE ABRIL DE 2018

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… porque a verdade é que a carga fiscal aumentou — os dados são objetivos, são claríssimos —, aumentou

como nunca tinha acontecido nos últimos 22 anos e o Sr. Primeiro-Ministro sabe que isto acontece através dos

seus impostos indiretos e do aumento dos seus impostos indiretos.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — É mentira!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Infelizmente, a contribuição do emprego não está a ser suficiente

nem suficientemente competitiva para que isso fique acima do próprio crescimento do PIB.

Protestos do Deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro.

Em relação à reforma laboral, lamento que o Sr. Primeiro-Ministro perca a oportunidade de manter uma

reforma que, essa sim, está a diminuir o desemprego e que, essa sim, está a contribuir para a criação de

emprego.

Protestos do Deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro e do Deputado do PCP João Oliveira.

O senhor não pode vir elogiar esses resultados alcançados, quando, na verdade, foram-no com base numa

reforma laboral feita anteriormente e que, infelizmente, o senhor vai querer agora alterar para benefício dos seus

parceiros da esquerda.

Sr. Primeiro-Ministro, já sabemos que a austeridade está escondida. Está escondida nos impostos indiretos,

está escondida na degradação dos serviços públicos — já agora, diga ao IGCP (Agência de Gestão da

Tesouraria e da Dívida Pública) para revogar o documento de que falei há pouco — e está escondida, também,

na matéria da cultura.

A propósito da cultura, já muito se falou aqui hoje, e amanhã teremos certamente oportunidade de aprofundar

esse tema no debate de atualidade, mas queria apenas perguntar-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, se está convencido

de que é com o anúncio a conta-gotas de mais alguns dinheiros — começámos por 1,5, mais 0,5, mais 0,2

milhões de euros — que vai resolver estas questões ou se, ouvi hoje dizer, o concurso tem de ser respeitado.

Não consegui compreender se, afinal, o concurso tem de ser respeitado porque era bom ou se, afinal, tem de

ser corrigido porque deu maus resultados! Com toda a franqueza, não compreendo.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, o que vamos alterar na legislação laboral é o que

anunciámos no Programa do Governo, o que temos vindo a concretizar e o que vamos concretizar.

Sr.ª Deputada, é talvez altura de a direita deixar de ter ilusões sobre o poder mágico da lei. Essa legislação

do trabalho criou tantos postos de trabalho como a sua legislação de arrendamento criou habitação acessível

para os portugueses.

Aplausos do PS.

Neste momento, a Deputada do CDS-PP Assunção Cristas exibiu o documento do IGCP que mencionou há

pouco.

Recordo-me de, enquanto presidente de câmara, ter ido com a Sr.ª Deputada Helena Roseta ao seu gabinete

explicar-lhe tudo o que iria acontecer numa cidade como Lisboa com a sua lei do arrendamento, como isso iria

ter um efeito direto no aumento da especulação imobiliária, como isso iria afastar milhares e milhares de famílias

do acesso à habitação acessível e a Sr.ª Deputada, então, tinha a ilusão de que com a nova legislação do