13 DE ABRIL DE 2018
19
quase a entrar em caminho crítico a questão propriamente dita do terminal. Temos, no entanto, de resolver a
situação de conciliar a questão da pesca com o terminal comercial.
Ou seja, como disse, foi realizada, ainda ontem, uma reunião para que se possa estudar a melhor
configuração de modo a que não haja problemas como o que houve no Barreiro. É isso que está em causa.
Relativamente a todos os terminais, não estamos parados.
Sobre a Rota da Seda, ainda nesta semana, foi assinado em Elvas, salvo erro na segunda-feira, um acordo
entre a logística de Badajoz e a de Elvas para que pudessem ser utilizados os portos de Sines, de Setúbal e de
Lisboa para as cargas da Estremadura espanhola precisamente para poderem entrar na Rota da Seda, porque
o porto que está na Rota da Seda é o de Sines.
Ou seja, queremos canalizar as cargas para aí e que toda a Estremadura espanhola, bem como a portuguesa,
estejam no âmbito do hinterland do porto de Sines e dos portos do sul.
Quanto à náutica de recreio, estamos precisamente na terceira versão da proposta de alteração do
regulamento com o objetivo de conciliar todo o setor. E não há confusão entre desporto náutico e náutica de
recreio, há apenas a seguinte confusão que passo a explicar: queremos democratizar o acesso de toda a
população…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr.ª Ministra, atenção ao tempo. Tem de terminar.
A Sr.ª MinistradoMar: — Vou terminar, Sr. Presidente.
Como estava a dizer, queremos, efetivamente, conciliar a náutica de recreio, as associações representativas
da náutica de recreio e o desporto náutico para que todas as nossas crianças e adolescentes possam ter acesso
à carta de marinheiro júnior, se tiverem um desporto escolar dado por entidades licenciadas. Portanto, não há
confusão sobre esta matéria, existe é um alargamento em relação ao qual, porventura, alguns negócios podem
sentir-se prejudicados.
Respondo muito rapidamente à Sr.ª Deputada Patrícia Fonseca.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr.ª Ministra, tem mesmo de terminar.
A Sr.ª MinistradoMar: — Demoro 1 minuto, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Pois, já foi. Já excedeu o tempo de que dispunha em 1 minuto.
A Sr.ª MinistradoMar: — Então é só mais 1 minuto, Sr. Presidente.
Sr.ª Deputada Patrícia Fonseca, quanto à supervisão da jurisdição e da soberania, o trabalho que está a ser
desenvolvido tem, por um lado, uma vertente ligada ao Ministério da Defesa Nacional, com novas tecnologias,
nomeadamente via satélite, drones, ligando a Marinha à Força Aérea, e, por outro lado, um plano de investigação
mais acentuado relativamente a esta matéria.
E não se preocupe, Sr.ª Deputada, porque só com a Noruega conseguimos fazer três vezes mais cruzeiros
do que no seu tempo se fazia. Temos programas científicos e devo dizer que o Mar Portugal, neste momento,
está em processo de licenciamento com o aval da estrutura.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Cristóvão Norte,
do PSD.
O Sr. CristóvãoNorte (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD
entende que o desenvolvimento da economia do mar constitui um instrumento decisivo para realizar um país
mais comprometido com o aproveitamento dos recursos endógenos, promotor de emprego qualificado e, desse
modo, com melhores bases para reforçar a sua autonomia.
Esta asserção assume incontornável proeminência quando a Portugal se impõe aproveitar as suas vantagens
comparativas, reforçar as condições de competitividade e responder às tendências de uma economia