24 DE MAIO DE 2018
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Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para prosseguir com as suas perguntas, a Sr.ª Deputada Assunção
Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, claro que não há regra sem
exceção e, portanto, quando toca aos interesses da energia, aí, sim, o Governo já manda mudar o sentido de
voto do Partido Socialista.
Aplausos do CDS-PP.
Mas deixe-me perguntar ao Primeiro-Ministro António Costa o seguinte: na sua grelha de prioridades, o
Serviço Nacional de Saúde (SNS) — neste momento, a funcionar com tantas carências — deve canalizar os
seus recursos para instituir a eutanásia, ou não?!
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — A essa até eu respondia!
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, o Governo cumprirá todas as leis que forem
aprovadas pela Assembleia da República, sejam elas quais forem.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem, novamente, a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, dei-lhe várias oportunidades
para responder e acho mesmo que o melhor é utilizar o congresso do Partido Socialista para passar o seu lugar
de Secretário-Geral, porque, então, sim, pode ficar só Primeiro-Ministro, responder só enquanto Primeiro-
Ministro e dar o lugar a outro que possa ter outras opiniões e que as diga publicamente.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sobre saúde, Sr. Primeiro-Ministro, há 70 000 doentes em lista de
espera para os cuidados paliativos, a unidade de nefrologia de Santa Maria está fechada por falta de
enfermeiros, o Sindicato dos Enfermeiros diz que há várias unidades nos hospitais que vão fechar por falta de
enfermeiros, os médicos diretores do Hospital de Viseu demitem-se por falta de condições.
Sr. Primeiro-Ministro, com o seu Governo, a saúde ficou doente, com o seu Governo, a saúde está bem pior
do que nos tempos da troica, diga o que disser dos números de consultas, diga o que disser dos números da
chamada «produção».
A verdade é que vemos, lemos, ouvimos, visitamos, e o senhor, nesta matéria, peço desculpa, não tem como
fugir à crítica. Além do mais, a juntar a tudo isto, o Sr. Primeiro-Ministro não é capaz de dizer se, de acordo com
a sua grelha de prioridades, precisamos de reforçar os cuidados paliativos ou de instituir a eutanásia, que,
certamente, será mais barato.
Protestos do PS e do BE.
A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Tenha vergonha!