21 DE JUNHO DE 2018
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Nacional de Saúde e mais 1000 milhões de euros de reforço de capital dos hospitais-empresa, de forma a
poderem liquidar as suas dívidas.
E respondo, sobretudo, com dois factos: hoje, temos mais 8000 profissionais do que tínhamos anteriormente,
temos mais 302 000 consultas hospitalares registadas do que tínhamos, temos mais 19 000 cirurgias feitas do
que tínhamos. Ou seja, temos mais recursos e temos mais produção do que tínhamos.
Não é suficiente? Pois não! Por isso é que vamos continuar a recuperar, vamos continuar a investir, vamos
continuar a trabalhar para recuperar os 10 anos que, de entre a crise e o desinvestimento, acumulámos no
Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o senhor continuará a trazer
aqui os dados da chamada «produção» e eu continuarei a trazer aqui a realidade que é denunciada todos os
dias por parte dos profissionais, por parte dos utentes, por parte das ordens.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Talvez, um dia, o Sr. Primeiro-Ministro consiga reconhecer que,
afinal, tudo isso não passa de opções erradas do seu Governo, porque, na verdade, quando gasta dinheiro de
um lado, não o tem para gastar do outro, e continua sem conseguir cobrir as tais famosas horas, que foram
reduzidas e que obviamente precisam de mais e mais reforços em todos os domínios.
Mas deixe-me abordar um outro tema que tem a ver com o seguinte: enviei 31 conjuntos de perguntas por
escrito ao seu Governo sobre a matéria dos incêndios, sobre o passado e sobre o futuro. Quero fazer-lhe aqui
apenas duas. A primeira é esta: quando é que pode garantir-nos que todas as habitações têm as comunicações
restabelecidas? É que ainda não haver hoje comunicações é algo que nos envergonha. A segunda é a seguinte:
que é feito dos projetos-piloto de reflorestação?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, quanto aos programas
regionais de ordenamento florestal, estão em fase de conclusão de debate público e está previsto serem
aprovados durante o próximo mês.
Relativamente à saúde, Sr.ª Deputada, temos de entender o seguinte: não podemos discutir nenhum
problema com base nas perceções. A Sr.ª Deputada, com certeza, deve estar recordada daquela epidemia de
partos nas autoestradas quando o Dr. Correia de Campos era Ministro, epidemia essa que desapareceu
subitamente quando ele deixou de ser Ministro.
Ora, nós temos de avaliar o sistema de ensino, o sistema de saúde ou qualquer outro sistema não pela nossa
perceção, não pela nossa experiência, não por um caso que, aqui ou ali, corre mal, porque corre mal em muitos
sítios, mas por aquilo que são os dados objetivos. E os dados objetivos, quer a Sr.ª Deputada goste ou não, é
que houve mais 300 000 consultas e houve mais 19 000 cirurgias. Isto são os dados objetivos. Não é uma
perceção, é a realidade.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Mais nada!
O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.