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21 DE JUNHO DE 2018

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… porque recordo-me bem o que é que, como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, lhe fui dizer ao

seu gabinete e o desprezo com que nos recebeu, a mim e à Sr.ª Deputada Helena Roseta, ignorando tudo o

que lhe dissemos que ia acontecer sobre a habitação e que resultou na calamidade social que a Sr.ª Deputada

criou neste País em matéria de habitação.

Aplausos do PS e do BE.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Depois, lamento que a Sr.ª Deputada confunda projeto-piloto do cadastro com

projeto-piloto de reflorestação.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Bom, o Sr. Presidente não me permite continuar. Mas não nos faltará ocasião,

daqui a 15 dias, para continuarmos a conversar.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Para defesa da honra.

Vozes do PS: — Oh!

O Sr. Presidente: — Para defesa da honra da bancada?

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — E, já agora, pode explicar qual é a razão para solicitar o direito de defesa da honra da

bancada?

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — A razão são as expressões «desprezo» e «calamidade social», Sr.

Presidente. Não posso aceitar que o Sr. Primeiro-Ministro diga isto nestes termos sem defender a honra desta

bancada.

Vozes do PS: — Oh!

O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Como sabe, Sr. Presidente, não tenho por hábito recorrer a esta

figura regimental, mas creio que o Sr. Primeiro-Ministro se excedeu quando se referiu a esta bancada e a mim

própria, agora na condição de líder do CDS, como tendo-o tratado com desprezo e ignorando uma calamidade

social.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Mas é verdade!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, calamidade social não existiu porque nós

protegemos o que tínhamos de proteger.