I SÉRIE — NÚMERO 2
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que alargam o acesso à reforma antecipada, incluindo os ex-subscritores da Caixa Geral de Aposentações. O
impacto destas novas medidas é de 4 a 5 milhões de euros por ano de despesa estrutural.
Portanto, estamos a cumprir estes compromissos fazendo com que a «perna» do Orçamento não seja maior
do que os «passos» das nossas medidas orçamentais.
Sr.ª Deputada, termino questionando-a.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Termina mesmo, Sr. Deputado.
O Sr. TiagoBarbosaRibeiro (PS): — Termino mesmo.
Pergunto, Sr.ª Deputada, se os passos que temos dado ao longo desta Legislatura, não só para os
reformados mas também para todos os trabalhadores e pensionistas, não lhe dão uma enorme confiança e
garantia de que vamos mesmo cumprir aquilo com que nos comprometemos ao longo desta Legislatura, porque
acreditamos firmemente que é assim que defendemos o sistema público e os reformados.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe
Anacoreta Correia.
O Sr. FilipeAnacoretaCorreia (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Diana
Ferreira, cumprimento-a pela intervenção que fez.
Acabou a sua intervenção a dizer que o PCP não abandonará esta causa, esta invocação, esta demanda.
Sr.ª Deputada, compreendo que tenha necessidade de o dizer — e até de o repetir muitas vezes — para ver se
acredita nisso e para tentar que os outros acreditem nisso.
Sr.ª Deputada, o que verificámos nesta Legislatura foi precisamente que o PCP anunciou ao País uma série
de medidas, nomeadamente a de que as pessoas têm o direito a reformar-se sem penalizações após 40 anos
de descontos contributivos independentemente da idade, fazendo até cartazes disso mesmo, mas a verdade é
que sabemos bem que aquilo que o PCP acordou com o Governo e o que está aquém daquilo que anunciou
para o País.
Por isso, Sr.ª Deputada, é hora de dizer que, sim, o PCP abandonou aquilo que tinha proclamado e aquilo
que tinha dito.
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — É verdade!
O Sr. FilipeAnacoretaCorreia (CDS-PP): — Só lhe posso fazer esta pergunta, Sr.ª Deputada: se não
abandonou, onde é que está no acordo de apoio a esta maioria essa pretensão? Esta pergunta é simples e
peço-lhe que responda.
Sr.ª Deputada, pergunto-lhe também se no próximo Orçamento que o PCP vai aprovar está lá garantida essa
medida. E, se não estiver, o PCP vai votar contra o próximo Orçamento?
Compreendo que os portugueses se cansem dos discursos que são feitos aqui na Assembleia da República,
das repetições que parecem cassetes — e nós no CDS estamos habituados a isso —, mas a verdade é que os
portugueses não querem este tipo de hipocrisia. Por isso, é preciso saber se o PCP é coerente em relação ao
que é aprovado e exige ou se está apenas a fazer «números» na Assembleia.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Diana Ferreira.
A Sr.ª DianaFerreira (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados Tiago Barbosa Ribeiro e Filipe Anacoreta
Correia, agradeço as questões que me colocaram.
Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, os passos que foram dados de valorização das longas carreiras
contributivas, que resultaram de uma intervenção muito persistente do PCP nesta matéria mas também da luta