I SÉRIE — NÚMERO 19
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A direita não percebe nada disto. A direita continua a não compreender nada disto. A direita não entende que
o Estado é o principal motor de equidade e de mobilidade social, porque não há liberdade na pobreza nem há
justiça na desigualdade.
Aplausos do PS.
Protestos da Deputada do PSD Teresa Morais.
É por isso que precisamos de um Estado social forte, que garanta as condições de realização individual, quer
se nasça no litoral ou no interior, quer se seja rico ou pobre, quer se tenha muito ou pouco.
O Orçamento modela este futuro. Hoje, como no passado, sabemos quais são as reformas estruturais que
fizeram, fazem e farão a diferença na vida dos portugueses. Foi assim ao longo da nossa história: segurança
social pública, escola pública, Serviço Nacional de Saúde, fundado por António Arnaut — que grandes, que
enormes reformas estruturais que têm a marca do Partido Socialista na nossa sociedade!
Mas estas e outras reformas não encaixam no mundo dos opositores desta governação. Eles olharam para
todos os orçamentos, olham para este Orçamento e não conseguem ver reformas, não porque elas não estejam
lá mas porque querem as deles, porque acham que as reformas têm de punir, porque acham que as reformas
têm de doer,…
Aplausos do PS.
… têm de significar menos direitos, têm de significar um ataque permanente ao Estado social e ao que ele
representa.
Mas não tem de ser assim. Demonstramos que não tem de ser assim. Neste Orçamento, valorizamos o
Estado social porque ele representa não apenas a justiça social mas a ambição e os instrumentos de uma vida
melhor para todos, a possibilidade de cada um fazer escolhas, independentemente do seu meio social de origem.
É isto que o Estado social representa para os portugueses: liberdade! Liberdade, que assumimos no coração
desta governação e no coração deste Orçamento do Estado.
Aplausos do PS.
Liberdade, que os portugueses reconhecem nas nossas opções orçamentais: os 19% de portugueses pobres
com que iniciámos esta Legislatura e que hoje já são menos porque tiveram mais proteção; os portugueses que
tiveram, e têm, o seu salário mínimo aumentado em 95 €, ao longo de 4 anos de Legislatura; os portugueses
que precisam do Serviço Nacional de Saúde, que connosco já recuperou dos 1000 milhões de euros que a
direita cortou durante a sua governação; os portugueses que hoje pagam menos 1000 milhões de euros em IRS,
e não foi, certamente, por causa de um certo simulador, uns dias antes das eleições;…
Aplausos do PS.
… os pensionistas, que não só tiveram a sua pensão reposta como aumentada; os filhos da escola pública
de qualidade, que, hoje em dia, têm manuais escolares gratuitos; a verdadeira classe média, não a classe média
do CDS, a classe média que não tem casas de mais de meio milhão de euros para pagar adicional ao IMI, que,
entre outras coisas, reforça a sustentabilidade da segurança social para todos.
Em tudo isto e muito mais falamos de Orçamento e, por isso, falamos de justiça. Falamos de opções de
sociedade. Para isso, fizemos, e fazemos, opções, como a gestão criteriosa das contas públicas e da qualidade
da nossa despesa, que são compreendidas pelo País mas que deixam os nossos adversários um tanto ou
quanto confusos.
É que mostramos, ao fazermos diferente, que fazemos melhor, cumprindo as metas orçamentais, e os nossos
adversários políticos não sabem o que hão de dizer: ora temos metas fantasiosas, ora o seu cumprimento revela
uma enorme obsessão pelo défice; ora o Orçamento é eleitoralista, às segundas, quartas e sextas, ora é