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I SÉRIE — NÚMERO 31

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Na senda da modernização do SNS, esta proposta de lei pretende um reforço da autonomia da gestão e

responsabilização das unidades do SNS, define um plano de investimento plurianual que salvaguarde as

necessidades e uma visão integrada do SNS, com base em critérios objetivos e quantificáveis para o seu

financiamento, bem como estabelece uma progressiva evolução de mecanismos de dedicação plena ao

exercício de funções públicas.

Sr.as e Srs. Deputados, chegados a esta fase, o trabalho é aqui e agora, no Parlamento. É por isso mesmo

que é nossa máxima responsabilidade levá-lo a bom porto.

Neste debate, queremos agregar à volta desta proposta de lei todos os que defendem o SNS — políticos,

médicos, enfermeiros, ordens profissionais, utentes, cidadãos, todos.

Importa responder aos apelos desta larga maioria de portugueses que adotou, adota, quer e assume que o

SNS é seu e quer defendê-lo, fazendo, claramente, jus à visão humanista de António Arnaut.

Por isso, queremos aqui e agora assumir a responsabilidade do Parlamento, atualizando o Serviço Nacional

de Saúde por mais 30 anos.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.ª Deputada Jamila Madeira, inscreveram-se, para pedir

esclarecimentos, quatro Srs. Deputados, respetivamente do PSD, do BE, do PCP e do CDS-PP. Como pretende

responder?

A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — Sr.ª Presidente, vou responder, conjuntamente, primeiro, aos pedidos de

esclarecimento de dois Srs. Deputados e, depois, aos de outros dois.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Com certeza, Sr.ª Deputada.

Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Jamila Madeira, agradeço a sua

intervenção.

Depois de ouvir, ainda há pouco, o Sr. Deputado António Sales a fazer uma ode à governação socialista no

Serviço Nacional de Saúde, por momentos, fiquei com dúvidas sobre a razão pela qual, há cerca de dois meses,

demitiram o ministro da Saúde, se estava tudo a correr tão bem.

Mas, ainda hoje, passado uma hora, assistimos aqui à intervenção da Sr.ª Deputada Jamila Madeira,

reconhecendo que temos um Serviço Nacional de Saúde que não responde aos desafios dos portugueses e que

não coloca o cidadão no centro do sistema.

Ainda tive uma pequena esperança, Sr.ª Deputada, que, sendo eleita pelo círculo eleitoral do Algarve,

pudesse justificar perante esta Câmara por que é que o PS votou contra a proposta do PSD para, finalmente,

se avançar com o hospital do Algarve, coisa que era, aliás, uma prioridade de Governo socialista no passado.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Mas nada aconteceu!

Protestos do PS.

Mas, para não falarem dos problemas graves, quer do ponto de vista de resposta aos utentes, quer do ponto

de vista laboral, que estamos a viver no Serviço Nacional de Saúde, querem focalizar-se na Lei de Bases da

Saúde.

Mas que fique claro: a Lei de Bases da Saúde não vai resolver os problemas de base que os portugueses

estão a viver no dia a dia.

Este é um debate que não deixa de ser importante, mas é preciso recordar também que, em 1990, foi

aprovada uma Lei de Bases que serviu perfeitamente para todos os Governos fazerem todas as reformas que

quiseram fazer. Portanto, não vamos resolver os problemas de base e é preciso não o esquecer.