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I SÉRIE — NÚMERO 61

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estruturais em Portugal, as instituições portuguesas que beneficiam dos fundos estruturais não estão

tendencialmente interessadas em usar aqueles instrumentos financeiros.

O Sr. Duarte Marques (PSD): — Responda à pergunta!

A Sr.ª Margarida Marques (PS): — Mas nós quisemos ser modernos e, portanto, éramos os segundos em

instrumentos financeiros. Os outros 26 países não quiseram que esses instrumentos financeiros estivessem

contemplados nos seus quadros financeiros plurianuais.

Relativamente à execução do quadro, os senhores sabem qual era a execução quando saíram do Governo

e qual é a execução hoje.

Protestos dos Deputados do PSD Cristóvão Crespo e Duarte Marques.

E é importante destacar a capacidade que este Governo teve de renegociar a reprogramação do quadro

financeiro plurianual, reprogramação essa que foi, de facto, um sucesso para o Governo português, um sucesso

para Pedro Marques, Ministro na altura, que liderou essa reprogramação. Hoje, essa reprogramação serve,

efetivamente, os interesses dos portugueses, os interesses de Portugal e permite canalizar fundos para os

portugueses e para as empresas.

Sr. Deputado Pedro Mota Soares, podemos estar aqui a discutir o Brexit, mas quem o está a discutir são os

britânicos, no seu Parlamento. É evidente que o Brexit tem um impacto em toda a União Europeia e tem,

sobretudo, um impacto no Reino Unido. Mas o que é interessante verificarmos…

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Margarida Marques (PS): — Termino já, Sr. Presidente.

Como estava a dizer, o que é interessante verificarmos é o que significa para os britânicos a divisão e o

conflito de poderes na direita britânica.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sobre a Roménia e Malta, zero!

O Sr. Presidente: — Há mais duas Deputadas inscritas para pedirem esclarecimentos, do Bloco de Esquerda

e do PCP.

Para o efeito, tem a palavra, em primeiro lugar, a Sr.ª Deputada Isabel Pires.

Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Margarida Marques, quero agradecer o tema que

trouxe aqui a debat,e porque, de facto, ele é importante.

A Sr.ª Deputada falou-nos sobre o projeto europeu, que, na verdade, foi um projeto construído, desde o seu

início, nas costas dos povos, sem os ouvir. Por isso é que hoje temos coisas, como, por exemplo, o Tratado de

Lisboa, que é um exemplo paradigmático desse afastamento dos cidadãos e das cidadãs e de como este tipo

de tratados serviram para legitimar coisas absolutamente inaceitáveis que foram acontecendo ao longo das

últimas décadas, do ponto de vista económico, do ponto de vista financeiro, mas também do ponto de vista da

solidariedade, de que tanto aqui falou, além de que o projeto europeu também serviu para legitimar algumas

guerras que já têm acontecido no mundo.

Mas também temos tido outros instrumentos de chantagem criados por este projeto europeu, como seja o

tratado orçamental, que, na verdade, nunca foi liminarmente rejeitado pelo próprio Partido Socialista.

É certo que rejeitaram que ele passasse a direito comunitário no Parlamento Europeu, mas o Partido

Socialista, aqui, e também a nível europeu, segue à risca aquilo que são as emanações que vêm deste tratado

orçamental. Portanto, serviu e serve para justificar uma obsessão doentia que tem existido por parte deste

Governo para ter um défice próximo de zero ou abaixo de zero.