I SÉRIE — NÚMERO 78
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De todo o modo, o que é claro e demonstrado é o legado em que esse Programa se reconstrói. Um legado
como há muitas décadas não se via em Portugal: o de um País com contas públicas equilibradas, que alcança
já nos próximos exercícios orçamentais um saldo orçamental excedentário e uma redução do valor da dívida
pública face ao PIB e, inclusive, do seu valor nominal.
E isso foi, inclusivamente, possível tendo sido Portugal, entre os 36 Países da OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico), o sexto País que mais cortou na carga fiscal sobre os rendimentos
do trabalho, e com o investimento público, nestes últimos dois anos, a crescer 37% e a representar, atualmente,
2% do PIB.
Esse legado, fruto da qualidade de gestão e da firmeza do Partido Socialista, é, hoje, um motivo de confiança
dos portugueses no seu futuro e no futuro do País.
Aplausos do PS.
É prova de uma governação competente, responsável e que se mostrou igualmente atenta à diversidade e à
emergência de outros desafios económicos e sociais.
A direita julgava proibido ou, pelo menos, imprevidente melhorarmos os salários e os apoios às famílias. Os
restantes partidos da esquerda nunca simpatizaram com a importância de reduzir o défice.
O nosso legado é, assim, um motivo de orgulho, porque o Governo do PS provou que as promessas de
bancarrota e os maus agoiros que os partidos da direita alardeavam ficaram com quem os proferiu. As contas
públicas equilibradas são, assim, uma derrota da direita e uma vitória de Portugal!
Aplausos do PS.
É um motivo de orgulho, porque provámos, junto dos outros partidos da esquerda, que éramos capazes de
conseguir esses sucessos na condução das finanças públicas, fazendo, conjugadamente, crescer a nossa
economia — e, com isso, novos e melhores empregos —, arrecadando reservas para acudir a eventuais
dificuldades futuras e, com esses partidos, empreendendo políticas de melhorias do rendimento e da proteção
das famílias e de reforço das prestações sociais.
Sabemos que os nossos parceiros partidários à esquerda dizem que são menos importantes as décimas que
fomos recuperando nos défices das nossas contas públicas. Mas estão redondamente enganados! Quantas
mais décimas no défice ganharmos agora, mais décimas teremos para protegermos, em caso de crise externa,
a nossa economia, as nossas empresas, os empregos dos portugueses e das portuguesas e os nossos serviços
públicos, seja na saúde, seja na segurança e nos apoios sociais.
Aplausos do PS.
Todos os anos discutimos a mesma coisa, mas, felizmente, o que se tem passado ao longo de todos estes
últimos quatro anos são as contas públicas a melhorarem em várias décimas e o emprego e as prestações e
apoios sociais a aumentarem em vários pontos percentuais.
Por isso, é este o caminho, é este o caminho que temos de continuar!
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Confrontamo-nos com mais este Programa Nacional de Reformas e
este Programa de Estabilidade, quando a generalidade das instituições europeias e de avaliação internacional
nos ajuízam, face aos resultados obtidos, de forma muito positiva, destacando o nosso mérito.
É claro que todos gostaríamos de conseguir mais e mais… Mas fazer convergir a nossa economia com a
média europeia, o que acontece há dois anos e acontecerá este ano, quando, desde a adesão à moeda única
até 2017, Portugal esteve sempre a divergir, isso é um facto positivo; e assegurar uma evolução tão favorável
em matéria de mercado de trabalho e de indicadores de pobreza e desigualdade não pode deixar de ser
considerado de forma ainda mais positiva.