I SÉRIE — NÚMERO 80
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Protestos do PS.
O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Tenha vergonha!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de novo a palavra, para responder, o Sr. Ministro Vieira da
Silva.
O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, o que é
que o Sr. Deputado não percebeu quando eu disse que todos os vínculos precários e ilegítimos fixados no
período avaliado seriam corrigidos por este Governo? Todos! Todos!
Aplausos do PS.
Se há algum trabalhador que considera que tem um vínculo ilegítimo e está a desempenhar uma função
permanente, fora do quadro da lei, tem todo o direito de contestar, nomeadamente ao abrigo do PREVPAP.
Aplausos do PS.
A seguir ao PREVPAP, Sr. Deputado, todos os trabalhadores que foram contratados pelo Estado ou foram
contratados por vínculos duradouros, ou foram contratados por vínculos não duradouros previstos na lei — como
na defesa, como na carreira do ensino superior, como nalgumas carreiras da saúde — ou foram contratados
para responder a situações pontuais e não permanentes.
O Sr. Álvaro Batista (PSD): — Quantos entraram?
O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — O Sr. Deputado faz a acusação. Se
conhecer vínculos precários fora do quadro da lei faça o favor de os identificar.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A próxima intervenção, para formular perguntas, cabe à Sr.ª
Deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda.
Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Ministros, o peso da CAB da educação mostra bem o
que era a dimensão da precariedade na escola pública e, por isso mesmo, o Sr. Ministro das Finanças disse
aqui que reconheceu que é a CAB com maiores atrasos, mas disse também que todos os processos do
PREVPAP estão a ser avaliados.
Há 1300 técnicos especializados que entregaram o seu processo em junho de 2017, portanto, no primeiro
prazo, e que, portanto, têm a vida pendurada desde junho de 2017. São psicólogos, assistentes sociais,
terapeutas, intérpretes de língua gestual, que são necessidades permanentes do sistema de educação. Sem a
presença destes técnicos nas escolas, a escola pública retrocede um século e voltamos a ter uma escola pública
típica do século XIX.
A minha pergunta é muito simples: este mais de um milhar de técnicos especializados estão todos a ser
avaliados neste momento como o Sr. Ministro disse aqui? Qual é o prazo para uma resposta que, finalmente,
possa ser dada a estes técnicos? Será em maio, como o Sr. Ministro disse que irá acontecer com a Lusa e a
RTP? Qual é o prazo para ser dada uma resposta a estes técnicos?
Aplausos do BE.