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I SÉRIE — NÚMERO 80

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Sr.ª Deputada, e para que não percamos o sentido ao conjunto das decisões que temos tomado ao longo

desta Legislatura, vou citar quatro processos da maior importância: a vinculação extraordinária de docentes no

ensino básico e secundário, o programa de emprego científico, este programa do PREVPAP e a alteração que

fizemos ao regime de valorização que significava que, em setembro de 2017, 781 trabalhadores estavam em

regime de pré-despedimento. Todos estes processos têm de ser valorizados. Foi isto que esta Legislatura

valorizou.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A próxima intervenção, para uma pergunta, é do Sr. Deputado

António Carlos Monteiro, do CDS-PP.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, há pouco perguntei por que razão

é que, se dizem que estão a combater a precariedade, continua a aumentar o número de prestações de serviços

na Administração Pública.

Vou dar-lhe uma terceira oportunidade de responder, Sr. Ministro. Por que razão continuamos a aumentar o

número de prestações de serviços?

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Outra vez?!

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Por que razão é que os senhores continuam a aumentar a

precariedade no Estado?

Quanto a isso, o Sr. Ministro até agora não conseguiu responder. Falou em trabalhadores com vínculo que

teriam ido para o quadro de disponíveis no Governo anterior.

Sr. Ministro, sabendo nós que esses trabalhadores foram reintegrados com este Governo, gostaria de saber

por que razão é que os serviços públicos estão a funcionar tão mal! Por que razão é que temos pessoas que

aguardam um ano, dois anos, para que lhes paguem uma pensão, se os senhores já estão a governar há quase

uma Legislatura?! Nunca as coisas estiveram tão mal na segurança social, nunca as coisas estiveram tão mal

nos serviços de saúde e nunca as coisas estiveram tão mal no serviço de educação!

Já agora, tendo a proposta de lei do Governo vindo com uma solução que era o despedimento para os

trabalhadores que não aceitassem a integração, gostaria que me explicasse também por que razão é que este

Governo está a ameaçar com despedimento os trabalhadores que não aceitarem a integração com corte de

vencimento. É que tem sido isso que tem sido reportado ao nosso Grupo Parlamentar. Portanto, gostávamos de

saber por que razão esse método está a ser usado, uma vez que a Assembleia não aprovou essa medida, Sr.

Ministro.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder, o Sr. Ministro das Finanças,

Mário Centeno.

O Sr. MinistrodasFinanças: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, tal como o Sr. Ministro do Trabalho há pouco

referiu, em relação ao Sr. Deputado Álvaro Batista, também estou convencido de que o Sr. Deputado não sabe

qual é a definição de trabalhador precário e não sabe para que é que esta lei foi feita.

Protestos do CDS-PP.

E sabe por que razão é que não sabe? Porque não se interessou, porque votou contra. Votou contra! Nem

sequer se interessou!

Aplausos do PS.