O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 DE JUNHO DE 2019

15

responsabilidade por aquilo que se passa, a vossa incapacidade de resolver problemas graves dos nossos

cidadãos.

Sr.ª Secretária de Estado, não sei se já se deu conta de que o único sítio onde o SNS está bem é no vosso

discurso político.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Tudo o mais à volta é uma catástrofe que os senhores se apressam

a desvalorizar, como fez a Sr.ª Ministra, em seis horas de audição na Comissão, há dois dias, e como, aliás,

comprova, insisto, a realidade à nossa volta e a vossa incapacidade, insisto, de resolver, agora, os problemas

do setor.

Quem o sente são os milhares de portugueses, que aguardam por consultas de especialidade, com tempos

de espera muito, muito para além do razoável.

Quem o diz são os portugueses com doença oncológica que vivem de norte a sul do País — os de Viseu, os

de Lisboa, os do Algarve, os de Beja — e que se confrontam com atrasos em relação aos tratamentos

oncológicos.

Quem o diz são as grávidas das maternidades da coroa de Lisboa, de Beja, de Portimão, de Setúbal.

Quem o diz são os profissionais, que estão exaustos, são destratados pelo vosso Governo e que estão a dar

muito para além da sua capacidade.

Portanto, para além das cativações, para além da total impreparação com que fizeram a passagem do horário

de trabalho para as 35 horas,…

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Ah! Já lá chegámos!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … para além da incapacidade de assumirem responsabilidades de

serem Governo e de, desde há quatro anos, desiludirem os portugueses em matéria de saúde e noutras, o que

lhe pergunto, Sr.ª Secretária de Estado, é o que é que pretende, efetivamente, fazer para resolver estes

problemas.

Já sabemos que vão ter quatro meses de trabalho insano para fazer o que não fizeram em quatro anos. Já

sabemos que até outubro «agora é que é», em clima eleitoral que estão a viver!

Quero terminar dizendo o seguinte: do Sr. Primeiro-Ministro ao comum dos cidadãos, todos querem o mesmo,

ou seja, serviços de saúde de qualidade e resposta rápida para si e para os seus em relação aos problemas que

causam sofrimento na saúde.

O Sr. João Marques (PS): — O CDS é exceção!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Com este Governo, não têm essa resposta. É preciso mudar!

Insisto na pergunta: quando é que este Governo toma medidas efetivas para fazer da saúde o verdadeiro

desígnio nacional que os portugueses merecem?

O Sr. Presidente: — É a vez de Os Verdes.

Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,

Sr.ª Secretária de Estado, nós não desvalorizamos, aliás, reconhecemos o reforço de profissionais a que se

referiu, mas, ainda assim, os serviços públicos continuam muito longe de responder às necessidades dos

portugueses.

Os problemas atingem praticamente todos os setores e todos os serviços públicos: faltam trabalhadores nas

escolas, faltam trabalhadores na área da saúde, faltam trabalhadores nas áreas da justiça, da segurança social,

dos Registos e Notariado, faltam trabalhadores nos transportes, e por aí fora.

A resposta está, de facto, longe do exigível, mas também está longe da forma como o Governo anterior

olhava para os serviços públicos, porque, como sabemos, a esse Governo o que interessou foi continuar a sua