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I SÉRIE — NÚMERO 7

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do furacão, pois não diz nada de concreto relativamente às ligações entre o Governo e o futebol e entre os

fundos europeus e as obras públicas, e isso é preocupante. Mas cá estamos nós todos, vigilantes, para

construir um Portugal melhor.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado António Filipe, a Mesa ainda regista duas inscrições para pedidos de esclarecimento, do PS e do CDS.

Pelo Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Rodrigues.

A Sr.ª Isabel Rodrigues (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, quero começar por saudar o Sr. Deputado António Filipe pelo tema da sua declaração política.

Comungamos da ideia de que a justiça é um pilar fundamental do Estado de direito e do papel crítico que o

bom ou o mau funcionamento do sistema de justiça tem na confiança das pessoas nas instituições. Portanto,

aí não poderíamos estar mais de acordo com a pertinência do tema que trouxe a debate, num dia, aliás, em

que a Comissão Europeia revelou o relatório sobre o Estado de direito. Ao mesmo tempo que aponta aspetos

em que é necessário continuar a melhorar a ação do Governo, os quais coincidem com as prioridades que

estão no Programa do Governo, nas orientações globais do Governo e nos Orçamentos do Estado, esse

relatório também releva muito do trabalho importante que Portugal desenvolveu nos últimos anos,

nomeadamente em matéria de combate à corrupção, com a aprovação de legislação muito relevante e com a

apresentação da estratégia. Depois das intervenções que ouvi, até parece que o incómodo foi por o Governo

ter apresentado uma estratégia. Que bom que teria sido se o Governo não tivesse apresentado uma

estratégia!…

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Não, o Governo não apresentou!

A Sr.ª Isabel Rodrigues (PS): — Uma estratégia é uma estratégia, o resto vem depois, Sr. Deputado! O resto vem depois!

Outro dos exemplos que é dado e com enorme relevância para o bom funcionamento da justiça é o

investimento que tem sido feito em tecnologias de informação e comunicação, sem as quais não é possível

trabalhar na eficiência e celeridade da justiça. Perdoem-me o pleonasmo, mas a justiça só é justa se for

tempestiva e, sem estes investimentos, isso não é possível.

Se tivesse tempo, poderia elencar aqui todo o trabalho que foi feito ao nível dos estatutos profissionais.

Sabemos, e os senhores também sabem, que o Governo está a trabalhar empenhadamente no estatuto dos

funcionários judiciais e que muito brevemente teremos um novo patamar no reforço dos recursos humanos, o

que, aliás, já se tem sentido.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Oh!…

A Sr.ª Isabel Rodrigues (PS): — Para concluir esta intervenção, Sr. Presidente, queria dizer que o PS tem consciência do muito caminho que ainda há a fazer em questões como as que o Sr. Deputado António Filipe

mencionou: melhorar a resposta que o serviço prisional dá a quem cumpre penas de detenção e melhorar os

honorários dos advogados são duas das preocupações que, naturalmente, partilhamos convosco.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia, do Grupo Parlamentar do CDS-PP.