O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 13

14

A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Sr. Presidente, responderei primeiro a dois pedidos de esclarecimento, depois responderei a outros dois e, por fim, a outro.

O Sr. Presidente: — Então, opta por responder a 2+2+1. Está a entrar na moda deste novo sistema tático. Muito bem.

Risos.

Tem a palavra, para o primeiro pedido de esclarecimento, a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do Bloco de

Esquerda.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas, em primeiro lugar quero, obviamente, saudar o PCP pelo tema da declaração política e dizer que o Bloco de Esquerda acompanha, de

facto, os alertas que o PCP aqui trouxe hoje, nomeadamente sobre a necessidade de reforçar os

equipamentos sociais, sobretudo os que respondem à infância, à velhice, às pessoas dependentes ou com

deficiência.

Portanto, achamos que é preciso integrar a rede de creches no sistema de ensino, por exemplo, tornando-

as gratuitas.

Precisamos de uma rede pública de equipamentos para os idosos, precisamos de muito mais apoio

domiciliário e de resposta para as pessoas com deficiência que lhes garanta autonomia.

Precisamos também, acima de tudo, porque sem isto não há qualquer resposta óbvia para este problema,

de valorizar os profissionais do setor social, que são mal pagos, pouco reconhecidos, sem carreiras dignas

desse nome e, muitas vezes, precários e precárias.

Sr.ª Deputada, referiu, na sua intervenção, que vai neste sentido, como é que conseguimos, enquanto País,

valorizar estes profissionais que, durante os últimos meses, tanto se mostraram absolutamente essenciais

para o nosso País e fundamentais para combater a crise pandémica. Por isso, também lhe pergunto se não

acha que, a par do reforço do financiamento e da necessidade de criarmos uma resposta pública nesta área,

em todo o território, não é o momento também de repensar o próprio modelo de intervenção, nomeadamente

no caso dos lares e das pessoas idosas.

Do nosso ponto de vista, devemos olhar com atenção para as experiências de vida independente, de

desinstitucionalização, de procurar que as respostas em que apostamos sejam mais respeitadoras da

autonomia das pessoas, mais assentes na permanência em casa e na manutenção do quotidiano, que

sabemos ser muito relevante, contrariamente ao que está a acontecer atualmente, na separação e na quebra

das rotinas de vivência destas pessoas, no engavetamento institucional, que tantos resultados negativos têm

dado.

A última pergunta tem também a ver, necessariamente, com esta questão.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José Manuel Pureza.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, queira concluir, por favor.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Vou concluir, Sr. Presidente. A par do investimento numa resposta pública, não considera o PCP que este é também o momento de

repensar de raiz no modelo em que queremos apostar, enquanto País, para estas necessidades?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Boa tarde a todas as Sr.as Deputadas e a todos os Srs. Deputados.

O próximo pedido de esclarecimento cabe ao Sr. Deputado André Ventura, do Chega.