I SÉRIE — NÚMERO 13
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creches para que ninguém fique sem o apoio de que necessita, quer seja nos cuidados de saúde e no
combate à solidão, quer seja no direito de desenvolver capacidades de forma saudável, que as creches
permitem às crianças.
Assim, Sr.ª Deputada Diana Ferreira, pergunto-lhe se não considera necessária a elaboração, com
urgência, de um plano de criação de uma rede pública de creches que cubra todo o País, com vista,
sobretudo, à garantia de creche gratuita para todas as crianças até aos 3 anos — como Os Verdes
propuseram no seu projeto de resolução, que não mereceu o acolhimento desta Assembleia —, permitindo
que estes problemas que se intensificaram fossem menos uma preocupação para milhares de famílias.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — O último pedido de esclarecimento cabe à Sr.ª Deputada Helga Correia, do PSD.
Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Helga Correia (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, em primeiro lugar, quero saudar o PCP por ter trazido a debate um tema tão importante e atual como este dos equipamentos sociais nos lares e
creches, num momento tão particular, em que as instituições de solidariedade social desempenharam um
papel fundamental neste período da pandemia, pois estiveram na linha da frente e que com tão pouco
conseguiram fazer muito no apoio aos nossos idosos, às nossas crianças, mesmo àqueles — e saliento — que
estão nos lares ilegais. O PCP hoje fala dos lares ilegais, mas no passado não foi capaz de acompanhar uma
proposta do Partido Social Democrata.
Mas quero salientar, também, a questão das instituições, tanto as que estão na rede pública como aquelas
que, não sendo da rede pública, são da rede solidária e que prestam serviço público, como já foi aqui referido,
e que se substituem ao Estado no papel que ele deveria ter e que não tem no apoio às pessoas mais
vulneráveis, o que deve ser enaltecido por este Parlamento. Sabemos que são respostas tão ou mais eficazes
ou tão ou mais eficientes de acordo com a maior proximidade, ou não, destas respostas…
Pausa.
Peço desculpa, Sr. Presidente, mas há um ruído de fundo na Sala e não consigo concentrar-me.
Continuando, e voltando atrás para que se consiga perceber, sabemos que estas respostas são tão ou
mais eficazes consoante a proximidade que este serviço assume junto das populações mais vulneráveis e
sabemos que tanto o Partido Socialista como o Partido Social Democrata valorizam estes serviços de
proximidade.
A concluir, Sr.ª Deputada Diana Ferreira, sendo o PCP um parceiro — que tem sido — do PS no
Orçamento do Estado, quero colocar-lhe algumas questões: afinal, o que mudou ou o que não mudou? Ou,
então, o que vão exigir que o Governo mude, uma vez que são parceiros privilegiados nas negociações deste
Orçamento do Estado, neste momento tão particular? Vão usar a mesma cartilha que o PCP tem usado e que
todos nós bem conhecemos?
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Helga Correia (PSD): — Vou já terminar, Sr. Presidente. É a cartilha de tudo na esfera pública e nada na esfera privada ou solidária. Afinal, como se posiciona o
Partido Comunista neste Orçamento do Estado?
Muito obrigada pela tolerância, Sr. Presidente.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder a estes últimos pedidos de esclarecimento, a Sr.ª Deputada Diana Ferreira, do PCP.
Faça favor, Sr.ª Deputada.