I SÉRIE — NÚMERO 13
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A necessidade de garantir que as pessoas não ficam desprotegidas na economia não foi apenas o Bloco
de Esquerda que a reconheceu. O Sr. Primeiro-Ministro, e até o Partido Socialista, reconheceram que, na lei
laboral, há um mar de desproteção dos trabalhadores. No entanto, o que é que o Partido Socialista faz?
Nem sequer no período experimental, que provou ser um gigantesco logro às pessoas,…
Protestos da Deputada do PS Ana Catarina Mendonça Mendes.
… que levou milhares para o desemprego mal começou a pandemia, nem sequer nisso o PS aceita mexer!
Quando falamos em proteção contra os despedimentos,…
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo. Peço-lhe para sintetizar rapidamente.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, vou terminar, com uma frase. Quando falamos em proteção contra os despedimentos, o PS não aceita mexer em quase nada.
E sobre o Novo Banco, basta olhar as tabelas do Orçamento do Estado para percebermos que continua a ir
ao défice e há uma pergunta à qual o Sr. Ministro de Estado e das Finanças não consegue responder: quem é
que vai pagar o buraco que lá está a ser criado?
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exatamente!
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — E sobre isto não há resposta. Fica a realidade demonstrada.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, segue-se um segundo grupo de pedidos de esclarecimento. Assim, tem a palavra, para formular pedidos de esclarecimento, o Sr. Deputado João Oliveira, do Grupo
Parlamentar do PCP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, queria saudá-lo por ter trazido esta declaração política sobre um tema que é, naturalmente, relevante e que
teremos oportunidade de aprofundar nas próximas semanas.
Da parte do PCP, já clarificámos a nossa posição em relação a esta matéria.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Clarificaram?!
O Sr. André Ventura (CH): — Não clarificaram, não!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Faremos a nossa ponderação em relação ao posicionamento e ao sentido de voto no Orçamento do Estado em função da resposta global aos problemas nacionais e não em função de
chantagens e pressões, algumas das quais já hoje ouvimos. Não somos sensíveis a esses argumentos. Os
argumentos da chantagem e da pressão a nós não nos comovem.
Já fizemos uma primeira apreciação da proposta de lei do Orçamento do Estado e consideramos que ela
não dá resposta aos problemas estruturais do País,…
O Sr. André Ventura (CH): — Ah, pronto!
O Sr. João Oliveira (PCP): — … não dá resposta às novas situações que a epidemia veio colocar e não se liberta de condicionamentos e imposições, particularmente da União Europeia, que funcionam como um
garrote à resposta de que o País precisa.
O Sr. André Ventura (CH): — Então, como é que vão votar?!