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29 DE OUTUBRO DE 2020

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O País está numa quebra sem precedentes e o Governo não é, obviamente, culpado dessa quebra. O

Governo é, sim, culpado de não cumprir a sua palavra e de fazer pouco para mitigar este desenlace socialmente

cruel e economicamente desnecessário.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — À COVID-19 junta-se o Governo. As empresas podem não aguentar tamanha conjugação de adversidades.

Aplausos do PSD.

O Governo tem de dar sinais às empresas e não palavras. É essa esperança que o Governo não dá, porque

as empresas, a capacidade instalada, têm de sobreviver para que, quando o tempo chegar, seja possível ter

uma recuperação mais veloz e ter melhor emprego, mais bem remunerado e com valor acrescentado. Mas o

Governo não só não apoia, ou apoia de forma insuficiente, como também castiga e impõe custos que fragilizam

as empresas.

Todos nós desejamos melhor emprego, mas, hoje, tão importante quanto isso é ter emprego, é preservá-lo,

é criar condições para que as empresas sobrevivam e não tornar a sua posição mais insustentável do que já é.

Isto não se resolve impedindo as empresas de se reestruturarem, mas ajudando-as a resistir. Por decisões

irrefletidas, não prejudiquemos a subsistência das micro, pequenas e médias empresas nem a sobrevivência

dos postos de trabalho. Não lhes apliquemos a pena capital.

Há uma grande diferença política. O PSD acredita nas melhores energias da sociedade, no papel das

empresas como motor de recuperação e num País que saiba balancear o presente e o futuro. E esse futuro só

se realiza com empresas que criem mais valor e melhor emprego.

Neste dilúvio que enfrentamos, que nada se recuse no cuidado às pessoas, mas muito mais se faça para

sobreviverem as empresas e para que se crie uma atmosfera em que outras nasçam e prosperem.

Não é isso que este Orçamento visa. As empresas estão desaparecidas em combate.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Este é um Orçamento que tem Siza de menos e Pedro Nunes de mais.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Não havendo pedidos de esclarecimento, tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Ministra da Saúde, Marta Temido.

Faça favor, Sr.ª Ministra.

A Sr.ª Ministra da Saúde (Marta Temido): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A proposta de Orçamento do Estado que o Governo apresenta ao Parlamento reafirma a saúde e o Serviço Nacional de Saúde

como prioridades políticas, com reflexo nas escolhas financeiras para o País. Afirmamo-lo desde já, que os

portugueses não se enganem.

Num tempo em que todos os dias o Serviço Nacional de Saúde é duramente posto à prova, ao enfrentar uma

pandemia sem precedentes nos últimos 100 anos, os que escolhem votar contra este Orçamento fazem-no por

uma de duas razões: porque há muito preferiram procurar outro modelo de sistema de saúde ou porque

decidiram desistir de melhorar os serviços públicos de saúde. Definitivamente, nenhuma destas é a nossa

escolha, porque nenhuma delas serve o interesse do País e dos portugueses.

Aplausos do PS.