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I SÉRIE — NÚMERO 21

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Protestos do PSD e do CH e contraprotestos do PCP.

Srs. Deputados, vamos fazer um pouco de silêncio para permitir a intervenção do Sr. Deputado Telmo

Correia.

Protestos do PSD e do CH e contraprotestos do PCP.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Discutimos, hoje, o quarto decreto do estado de emergência e, ao discuti-lo, devemos clarificar

uma questão. Nós não estamos a discutir um conjunto de medidas do Governo ou como elas irão ser calibradas,

estamos a discutir, tão-só, o quadro jurídico de fundo que permitirá a sua adoção.

Hoje, não precisaria sequer de repetir o que disse aqui há 15 dias. Se o Governo, na primeira vaga, se atrasou

ligeiramente na resposta, nesta segunda vaga falhou redondamente. Foi incapaz de prever, adotou medidas

avulsas — muitas vezes, contraditórias — e perdeu, no mínimo, seis meses para preparar o País para esta

realidade.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Recusou-se, por obsessão ideológica, a utilizar toda a capacidade existente, contratualizando com os setores social e privado.

O Governo, que agora diz que vai correr tudo muito bem quando chegar a vacina para a COVID, é o mesmo

Governo que fez anúncios e promessas, mas que não foi capaz de garantir que tivesse corrido tudo bem, este

ano, com a habitual vacina da gripe.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Há 15 dias, dissemos que as medidas tinham de ser equilibradas e percetíveis, e foi tudo o que não aconteceu. O que vimos foram medidas confusas, impercetíveis ou

injustificáveis, conduzindo a concentrações — horárias e de pessoas — evitáveis e, ao mesmo tempo, a

prejuízos económicos desnecessários.

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Há 15 dias, dissemos, claramente, que, trazendo essas medidas mais dificuldades para a economia, era necessário um reforço significativo dos apoios. O Governo respondeu com

tostões a prejuízos de milhões.

Hoje, voltamos a discutir um decreto presidencial, sem sabermos minimamente quais as medidas que serão

adotadas amanhã.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mesmo a reunião do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), que sempre pedimos, só ocorreu na véspera.

Hoje, tomamos uma decisão sem que o Governo tenha tido a seriedade de partilhar com o Parlamento aquilo

que vai fazer. Devia ser ao contrário: devíamos saber o quadro de medidas antes de saber a que é que o estado

de emergência dará cobertura. Mas isto é coerente com um Primeiro-Ministro que, há 15 dias, não se dignou

sequer a comparecer no Parlamento para discutir esta matéria.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!