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21 DE NOVEMBRO DE 2020

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Ninguém compreende estas medidas, nem ninguém compreenderá que a adesão a elas possa ser

minimamente significativa.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, este é também o estado de emergência da cegueira ideológica, porque, ao mesmo

tempo que dizemos que vamos apoiar as perdas dos restaurantes no último ano, em que estiveram fechados a

maior parte do tempo, permitimos que os companheiros do PCP realizem o seu congresso em Loures, um dos

concelhos onde a transmissão da COVID-19 é mais elevada em Portugal.

Sr. Primeiro-Ministro, talvez seja melhor ser o PCP a organizar o Natal, este ano,…

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. André Ventura (CH): — … porque assim teremos a certeza de que haverá Natal, em Portugal, para todas as famílias. Pedimos, por isso, ao PCP que organize, este ano, as festas de Natal.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

Mas este é também o estado de emergência da total desorientação e desorganização. É o Governo que diz

que os apoios já chegaram a 80% das empresas e o setor diz que chegaram a 20%.

Protestos do PS.

É o Governo que diz que há 40 surtos em escolas e a FENPROF (Federação Nacional dos Professores) diz

que há 400 surtos em escolas.

Este não é um estado de emergência, é um estado de engano aos portugueses que o Chega não vai viabilizar

e no qual não vai participar.

Sr. Primeiro-Ministro, em democracia, devemos lealdade entre nós e lealdade aos portugueses.

Protestos doPS e do PCP.

Mas eu quero dizer-lhe aqui que o Chega vai resistir nas ruas e onde puder contra este estado de emergência,

ao lado daqueles que, neste momento, veem os rendimentos abafados, a vida familiar cortada e a vida social

destruída, em nome de um preconceito ideológico que mais não vai fazer do que levar-nos à maior crise das

nossas vidas.

Nós resistiremos e aqui estaremos, uma e outra vez mais, por todas as ruas de Portugal, a lutar contra estas

restrições absurdas pelo estado de emergência que nos querem impor!

O Sr. Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. André Ventura (CH): — Vamos lutar, democraticamente, para mostrar que estamos a ir no caminho errado. E cá estaremos, daqui a alguns meses, para que os portugueses nos digam se estávamos ou não certos

na avaliação que fizemos.

Protestos de Deputados doPS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, do IL.

O Sr. João Cotrim de Figueiredo (IL): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Há 15 dias, quando o Iniciativa Liberal votou contra a declaração do estado de

emergência, afirmámos aqui, com clareza, que não passamos cheques em branco a este Governo. Afirmámos

que não contam com o nosso voto para dispor de poderes excessivos, que podem utilizar sem justificação

científica e a reboque de decisões inconsistentes.