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24 DE NOVEMBRO DE 2020

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O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Ainda relativamente a este artigo, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, do PAN.

Faça favor.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): ⎯ Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, relativamente, não só a este artigo, mas também à proposta de aditamento de um artigo 163.º-A, o PAN apresenta um conjunto de propostas

que visam garantir os direitos dos jovens em contexto universitário, a começar pelos apoios sociais, que lhes

são devidos no contexto particular de crise socioeconómica, como o apoio à alimentação, mas também ao nível

da inclusão.

A educação inclusiva não se pode restringir apenas ao ensino obrigatório, é fundamental alargarmo-la ao

ensino universitário. No ensino universitário, os alunos surdos, por exemplo, hoje em dia, não têm apoio, caso

não passem de ano. É fundamental criar uma bolsa de intérpretes de língua gestual portuguesa que garanta a

existência de resposta às suas reais necessidades e o acesso à educação.

Também no contexto do ensino superior, é fundamental estender o projeto-piloto Universidade Segura a

todos os contextos universitários com vista a aumentar a perceção e a própria segurança dos alunos, seja a

nível do contexto escolar, seja também a nível das residências universitárias. Esta é uma antiga reivindicação

dos alunos. Não faz qualquer sentido que, enquanto se frequenta o ensino universitário, continuem a dar-se

assaltos que ficam absolutamente impunes ou, até mesmo, a morte, absolutamente injustificável, de alunos.

Assim, a insegurança e a falta de vigilância não podem continuar a pautar o contexto universitário e não

podemos continuar a deixar os alunos para trás.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para intervir, ainda no âmbito deste artigo, tem agora a palavra o Sr. Deputado Luís Monteiro, do BE.

Faça favor.

O Sr. Luís Monteiro (BE): ⎯ Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, nos últimos dois anos, a Assembleia da República tomou nas suas mãos a responsabilidade de contrapor um novo caminho

ao que tinha sido seguido nas últimas três décadas, praticamente.

A redução das propinas no ensino superior foi um recuo no seu valor, mas foi, ao mesmo tempo, um avanço

gigante e teve um peso muito considerável do ponto de vista político e, também, do ponto de vista financeiro:

aliviámos o peso sobre quem estuda e garantimos que era possível ter menos propinas e mais bolsas.

O caminho anterior, aliás, estivera fechado a sete chaves, durante muitos e muitos anos. O caminho traçado

depois teve aquele mérito e, hoje, estamos a viver também consequências disso: temos mais estudantes no

ensino superior, temos mais bolseiros no ensino superior.

Mas ele seria tão mais importante se o Partido Socialista não tivesse desistido de continuar a reduzir o valor

máximo das propinas. E, se é verdade que as discussões que fizemos nos últimos dois anos garantiram que era

esse, exatamente, o caminho ⎯ iniciávamos um caminho de redução das propinas ⎯, é estranho que o Partido

Socialista, hoje, apresente aqui como decente aquilo que é manter tudo exatamente igual.

Ora, a discussão política que fizemos nos últimos dois anos não foi no sentido de manter tudo igual, foi no

sentido de diminuir as propinas. Portanto, o mais importante, agora, num momento de crise, seria continuar esse

caminho e não romper com aquilo que tinha sido, como muito bem aqui foi dito, um acordo com as esquerdas

sobre o combate às propinas.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Recuamos agora a uma proposta de aditamento de um artigo 171.º-A ⎯ Programa de apoio ao trabalho artístico e cultural.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Mesquita, do PCP.

Faça favor.

A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, o PCP apresentou cerca de duas dezenas de propostas de alteração na área da cultura. É preciso atingir 1% do