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25 DE NOVEMBRO DE 2020

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A flora e a fauna regressam aos rios e às zonas costeiras também fruto desse trabalho e investimento no

ciclo da água, que melhora e protege o ambiente, combate as alterações climáticas e, cada vez mais,

descarboniza a sociedade.

A verdade é que, nos anos da troica e do Governo de direita, houve oportunidades de investimento e de

manutenção que se perderam e que urge retomar agora energicamente.

Por isso, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista toma a iniciativa de propor, para o próximo ano, um

reforço suplementar do investimento público dirigido à construção e reabilitação das estações de tratamento

de águas residuais e à melhoria da rede de saneamento, no sentido de impulsionar a sua modernização e

eficácia.

O aproveitamento inteligente do ciclo da água é fundamental para o futuro do País e constitui um contributo

capital para o combate às alterações climáticas, assim como abre novas oportunidades na utilização de águas

residuais para fins úteis, como regas e lavagens do espaço público, que podem e devem ser feitas com águas

residuais tratadas, reservando a água potável para o consumo humano direto.

Propomos ao Parlamento, assim, que acompanhe o Partido Socialista em mais esta iniciativa em prol do

ambiente e da qualidade de vida.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para intervir sobre a proposta 1344-C, do PEV, de aditamento de um artigo 199.º-G — Realização de Avaliação Ambiental Estratégica de mineração, com especial ênfase sobre

a prospeção, pesquisa e exploração de depósitos minerais de lítio e minerais associados, tem a palavra a Sr.ª

Deputada Mariana Silva, do PEV.

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a atividade mineira extrativa tem inegavelmente impactos ambientais relevantes e incontestáveis. Como tal,

exige uma avaliação e uma ponderação globais, que devem ser pautadas por estudos rigorosos pela

transparência e pelo envolvimento das populações das áreas abrangidas.

A exploração de lítio reveste-se de impactos ambientais mais relevantes porque é, em geral, efetuada em

minas a céu aberto e necessita de recorrer ao uso excessivo de água. Acresce que os locais indicados para o

concurso público de prospeção e pesquisa de lítio e minerais associados, anunciado pelo Governo, que

poderá conduzir à exploração e que têm já contrato de concessão assinado, têm grande proximidade uns dos

outros, abrangendo uma vasta área do País, localizando-se todos eles em áreas de grande sensibilidade

ambiental e de grande valor ecológico, numa coabitação de vizinhança promíscua com áreas classificadas ou

rateando as mesmas.

Assim sendo, daqui decorrerão impactos cumulativos de grande vulto para a biodiversidade sobre os

recursos hídricos e para a produção alimentar que têm de ser avaliados.

Uma avaliação estratégica ambiental é indispensável e deverá incluir todos estes locais, sejam eles de

prospeção ou já concessionados para exploração, processo que, para além de assegurar a transparência,

deve também ter em conta que, atualmente, a viabilidade económica e temporal de uma exploração mineira,

nomeadamente de lítio, está mais dependente de quem controla o mercado mundial do que propriamente das

caraterísticas da jazida.

Nesta matéria, Portugal está numa situação de óbvia fragilidade.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para intervir sobre a proposta 179-C, do PAN, de aditamento de um artigo 201.º-A — Interdição do uso de microplásticos em detergentes e cosméticos, tem a palavra o Sr.

Deputado André Silva, do PAN.

O Sr. André Silva (PAN): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o plástico é o material que melhor caracteriza a nossa sociedade de consumo e descarte. O plástico está a devastar os oceanos, a biodiversidade, a nossa

saúde e a saúde dos nossos filhos.

Pior do que aqueles plásticos que se veem, os microplásticos estão já na cadeia alimentar, a intoxicar-nos,

e é preciso adotarmos políticas públicas ambientais eficazes.