25 DE NOVEMBRO DE 2020
35
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Vamos passar a uma proposta, apresentada pelo PSD, de artigo 219.º-A — Prazo de vigência do contrato de prestação de serviço noticioso e informativo de interesse público
celebrado entre o Estado e a Lusa-Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Rios de Oliveira.
O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a Agência Lusa é detida maioritariamente pelo Estado e é a única agência de notícias portuguesa com
implantação nacional inigualável e presta ao Estado português um relevante serviço de interesse público
relativo à informação aos cidadãos.
Esta relevância nacional estende-se ao espaço internacional com particular importância no espaço
lusófono. A Lusa é também decisiva na promoção da verdadeira coesão territorial, levando as notícias de
todos a todos.
Ora, o contrato de prestação de serviço noticioso e informativo celebrado entre o Estado português e a
Agência Lusa terminou há um ano em total desrespeito pelo que constava no Programa do atual Governo.
Mas a Lusa não só precisa de um novo contrato que assegure um fluxo financeiro regular necessário à
prossecução dos seus objetivos e reforce o seu papel como órgão de comunicação social de referência, mas
que este passe a vigorar durante um período alargado de seis anos.
O financiamento da Agência Lusa deve assentar numa base plurianual mais alargada para assegurar a
planificação apropriada, as reformas necessárias, o necessário investimento tecnológico e a estabilidade e a
autonomia de gestão indispensáveis a um serviço público informativo forte, eficiente e prestigiado em
adequação e respeito pelos princípios do rigor, da credibilidade, da factualidade e de acordo com os valores
da Agência e do bem público.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Vamos passar a uma proposta, apresentada pelo PS, de artigo 219.º-A — Resgate de Plano de Poupança Reforma.
Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brás.
O Sr. Carlos Brás (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, o Partido Socialista, através do seu grupo parlamentar, traz a esta Câmara uma medida que pretende ser um incremento à
qualidade da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2021.
A situação de elevada incerteza social, sanitária e económica justifica que se tomem medidas adequadas
para que os portugueses tenham ao seu dispor ferramentas e mecanismos que lhes possam permitir mitigar,
dentro do possível, os impactos negativos de toda esta conjuntura.
Uma destas medidas é a possibilidade de resgate de planos de poupança reforma antecipadamente e sem
penalização fiscal. Esta é uma daquelas medidas excecionais e temporárias que foram adotadas em maio de
2020, mas que terminaram em 30 de setembro.
O Partido Socialista entende que se justifica, de todo, que esta medida possa ser adotada para o primeiro
semestre de 2021 obviamente nas situações em que tenha havido prejuízo ou diminuição de rendimentos
provocados pela pandemia.
Curiosamente, o PSD apresenta também uma proposta semelhante, cujo foco principal é o de libertar
meios de tesouraria para fazer face a compromissos com os senhorios.
Ora, Sr.as e Srs. Deputados, nesta terrível conjuntura, parece-me que a preocupação principal de muitos
dos portugueses é a de pôr pão na mesa e não honrar os compromissos com os senhorios.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Vamos passar a uma proposta, apresentada pelo PSD, de artigo 219.º-A — Certificação PME.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Sofia Matos.