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I SÉRIE — NÚMERO 26

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países, como tiveram tantos anos de ditadura de esquerda, rejeitam os modelos socialistas, privilegiando a

liberdade. Isto é algo que é fundamental para as novas gerações. Um país com um contexto de liberdade, em

que o Estado não se mete em tudo, em que o Estado não cobra a pequena riqueza que qualquer um, na sua

vida, tem o direito de criar é um país onde, obviamente, os jovens têm mais espaço.

Mas, em Portugal, privilegia-se sempre o modelo socialista, do «Estado-paizinho» e não é disto que os

jovens precisam. Os jovens precisam da sua liberdade para ter o seu próprio projeto e não dessa dependência

do Estado que os socialistas e toda a esquerda querem impor-nos.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Deputado, pergunto se temos ou não necessidade de virar, também, essa página do socialismo para a liberdade, que fará com que as novas gerações tenham muito

mais oportunidades de desenvolver os seus projetos de vida.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado Alexandre Poço, informo que os pedidos de esclarecimentos, em vez de quatro, passaram a ser cinco. Pergunto se mantém a intenção de responder

conjuntamente aos mesmos.

O Sr. Alexandre Poço (PSD): — Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito bem, Sr. Deputado. O próximo pedido de esclarecimento cabe ao Sr. Deputado Luís Monteiro, do Bloco de Esquerda.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Monteiro (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, quero, antes de mais, cumprimentar o PSD por trazer um tema importante a debate, o tema dos jovens.

Já percebemos que a intervenção foi quase respondida pelo Sr. Deputado João Almeida, que partilha

grande parte das opiniões do PSD. Não sei se temos exatamente um «Estado-paizinho», mas já se percebeu

que o CDS tem um «partido-paizinho», cujo líder, por acaso, até está ausente deste debate.

É importante que pensemos exatamente sobre o que estamos a discutir: políticas de emprego, educação,

acesso à educação e ao ensino superior, combate à precariedade. Muitas vezes, a «bota não bate com a

perdigota» e não vale a pena, sempre que o debate é demasiado difícil de se tornar real por parte do PSD,

falar de uma das suas figuras mais importantes. Não sei se essa mesma figura, hoje, daria a cara, por

exemplo, pelo acordo com o Chega. É uma pergunta importante! Não sei se daria a cara pela precarização

das relações de trabalho que os jovens, neste momento, pagam, e pagam caro. Seria importante perceber

isso! Não sei se daria a cara pela privatização que o PSD tentou fazer sobre parte da educação em Portugal.

Seria importante conhecer a sua posição sobre isto. Mas ele não está cá e, portanto, as pessoas respondem

pelo presente, pelas suas ações, pelas suas posições políticas.

Relembro que, há cinco anos, tivemos um Governo de direita que nos dizia que era impossível baixar

propinas e aumentar bolsas de estudo, mas nós provámos que era possível baixar propinas e aumentar bolsas

de estudo. Quando o Governo de direita dizia que a grande propaganda para o problema do desemprego em

Portugal era, em grande parte, o empreendedorismo, nós dissemos que não, que era mais segurança no

emprego.

O Sr. Jorge Costa (BE): — Onde é que ele já vai!...

O Sr. Luís Monteiro (BE): — Portanto, não vale a pena falar…

Protestos do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.

Eu sei que o Sr. Deputado João Almeida ou fala pelo Chega ou pelo PSD, mas, neste momento, estou a

fazer uma pergunta ao Sr. Deputado do PSD.