O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 26

36

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — É como o Banco de Fomento!

O Sr. Porfírio Silva (PS): — O PSD, num dia, diz que o PS quer dar tudo a toda a gente, que promete dar tudo a toda a gente e, depois, diz que afinal já não dá, que afinal já não faz. O que o PSD devia era procurar

ser responsável!

Vou dizer-lhe o seguinte: um Deputado do PSD, à saída do briefing no Infarmed, em junho — repito, em

junho e não agora, que estamos na segunda onda —, disse a quem queria ouvir: «Nós já estamos na segunda

onda!», com o Presidente da República a dizer: «As coisas estão controladas, temos de ter calma!»

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Nota-se! Vê-se bem como o País está!

O Sr. Porfírio Silva (PS): — O PSD, em junho, dizia que já estávamos na segunda onda. Deixem de ser profetas da desgraça!

Protestos do PSD.

Deixem de explorar o sofrimento dos outros! Isso ficava-vos melhor.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Ao Sr. Deputado António Filipe, do PCP, direi o seguinte: tomámos nota de tudo aquilo que o Sr. Deputado disse. Aprendemos — às nossas custas, se calhar — que temos de dar

atenção àquilo que o PCP diz, porque, mesmo quando não concordamos, é bom ouvir e discutir aquilo que diz.

Risos do PSD.

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — É o namoro!

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Mas, Sr. Deputado, também queria dizer que nós preferíamos que não houvesse estado de emergência, no entanto, nem sempre é possível resolver tudo com as soluções que

desejamos. O facto de a economia ser prejudicada, como o é, efetivamente, por algumas medidas, não

significa que elas possam sempre ser evitadas. Há medidas que não queremos tomar, porque são duras e

prejudiciais, mas são as únicas possíveis no momento.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Concluo, Sr. Presidente, sem antes responder, se me permitir, ao Sr. Deputado Moisés Ferreira.

O Sr. Deputado até pode ter razão nalgumas coisas, mas noutras, claramente, não tem. Por exemplo, a

vossa insistência permanente em dar autorizações livres aos hospitais para contratações é um problema,

porque, se déssemos essa autorização a todos os hospitais,…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira concluir, se fizer favor.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — … só continuariam a ter profissionais aqueles hospitais que estão nas zonas preferidas, onde os profissionais querem estar, e o resto do País ficava sem profissionais. Isso está errado!

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Mas ainda lhe digo, Sr. Deputado — e vou terminar —, que, se o Bloco de Esquerda não tivesse dito, no dia 11 de novembro, quando ainda faltava muito trabalho para fazer no

Orçamento, «estas propostas que temos aqui não são as propostas de partida, são as propostas de chegada»,