O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE JANEIRO DE 2021

33

Nisso, poderíamos estar de acordo. Mas, na verdade, no Partido Socialista, o incómodo é tão grande com a

execução em termos de ferrovia que, na verdade, finge que não há debate, que não há problema e que não há

coisa nenhuma.

Em relação ao Sr. Deputado José Luís Ferreira, saúdo-o por trazer aqui este tema. Até lhe devo dizer mais:

concordo com algumas das apreciações que fez relativamente ao tema da ferrovia.

Porém, o Sr. Deputado esqueceu-se de dizer que no anterior Governo, um Governo PSD/CDS, houve uma

troica que impediu que existisse um conjunto de investimentos que permitisse ao País crescer e desenvolver-

se. A seguir, esqueceu-se que Os Verdes, durante os últimos seis anos, colocaram a assinatura e o voto no

Governo do Dr. António Costa. Os senhores esquecem-se disso tudo!

O senhor falou da ferrovia no tempo de Cavaco Silva. Não sei porque não falou da ferrovia no tempo do

Estado Novo, disto, daquilo e daqueloutro. Fala do presente e, depois, faz uma espécie de ziguezague entre o

que está muito bem e que, afinal, está muito mal… Bem, não se percebe.

Há uma coisa que é certa: a Linha do Oeste está ao abandono…

O Sr. Hugo Oliveira (PS): — Não está nada! Não está nada!

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Tenha calma, Sr. Deputado!

Vamos à Linha do Norte e, como ouvimos e o CDS aqui apontou, vemos que o Governo está a desinvestir.

O Ministro Pedro Nuno Santos retirou do PNI, por exemplo, o investimento na zona de Santarém, que era tão

importante.

A seguir, temos a Linha do Douro. Nessa linha, os investimentos não saem do papel.

No entanto, temos muito dinheiro, ouve-se falar de muitos milhões — há o PNI, há o PRR (Plano de

Recuperação e Resiliência) —, mas há um problema, que é a taxa de execução, a qual, Sr. Deputado,

envergonha qualquer governante. Sei que não envergonha os senhores, mas esse é um problema do Partido

Socialista, que convive bem com isso. Nós não convivemos bem com isso! Queremos uma ferrovia que seja

eficaz.

Entretanto, assumiu a presidência a Vice-Presidente Edite Estrela.

A Sr.ª Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Termino, Sr.ª Presidente, agradecendo desde já a tolerância.

A pergunta que coloco ao Sr. Deputado José Luís Ferreira é a de saber se não sente que o Partido Ecologista

«Os Verdes» tem uma responsabilidade, nos últimos seis anos, pelo estado em que se encontra a ferrovia,

porque os senhores viabilizam os Governos do Dr. António Costa.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Ou a vossa assinatura e o vosso voto só é importante para

outras matérias que não a ferrovia?

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira, do

Grupo Parlamentar do PEV.

O Sr. José Luís Ferreira (PEV): — Sr.ª Presidente, queria agradecer às Sr.as Deputadas Isabel Pires, do

Bloco de Esquerda, e Bebiana Cunha, do PAN, e ao Sr. Deputado João Gonçalves Pereira, do CDS-PP, as

perguntas que me dirigiram.

Sr.ª Deputada Isabel Pires, de facto, o desenvolvimento da ferrovia é o desenvolvimento do nosso País —

uma coisa tem de estar ligada à outra. Desenvolvimento do nosso País, da nossa economia, com muitas

vantagens do ponto de vista ambiental, sobretudo no que diz respeito à emissão de gases com efeito estufa e

ao combate às alterações climáticas, mas também do ponto de vista da mobilidade das populações, porque

esta, para além de ser um direito, é também um instrumento importante de acesso a outros direitos.