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I SÉRIE — NÚMERO 37

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Muito obrigado pela tolerância, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para responder aos dois pedidos de esclarecimento, tem a palavra o

Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr.ª Presidente, agradeço também os pedidos de esclarecimento que

foram feitos pela Sr.ª Deputada Diana Ferreira e pelo Sr. Deputado João Almeida.

Indo por ordem, relativamente à intervenção da Sr.ª Deputada Diana Ferreira, creio que estamos

estruturalmente de acordo quanto ao caminho que temos vindo a seguir.

Lembro que várias das medidas que foram aprovadas e apresentadas, não só neste Orçamento mas ao

longo dos últimos anos, permitiram precisamente proteger e salvaguardar vários dos portugueses que referiu.

A saber: aumentámos 3,6 milhões de pensões, tanto pela reposição da atualização automática como por três

atualizações extraordinárias de pensões — até 1,5 IAS (indexante dos apoios sociais), é certo —, em agosto de

2017, em agosto de 2018 e em janeiro de 2019, e fizemo-lo para compensar a perda de poder de compra destes

pensionistas, durante os anos de governação do PSD e do CDS.

A nível dos salários, falo, em especial, do salário mínimo, que, na anterior Legislatura, aumentámos em 26%

e já voltámos a aumentar para 2021 e que, se prosseguirmos a trajetória de crescimento que queremos e vamos

implementar, terá um aumento de cerca de 48% no espaço de duas legislaturas, o que é verdadeiramente

histórico.

Aplausos do PS.

Mais: a valorização real dos salários no âmbito da contratação coletiva foi mais significativa ainda do que a

valorização dos salários fora dela e o número de trabalhadores abrangidos permitiu corrigir uma das distorções

durante esse período, que foi o ataque à contratação coletiva como forma de fragilizar as relações sociais e

laborais.

A nível do subsídio de desemprego — de facto, não tenho muito mais tempo —, a prorrogação automática,

por seis meses, dos subsídios de desemprego que terminem este ano foi aprovada, aliás, por proposta do

Partido Comunista, no âmbito do Orçamento do Estado. Portanto, creio que esse caminho tem vindo a ser feito

com diálogo, com abertura e com a procura de consensos.

Sr. Deputado João Almeida, relativamente à questão público/privado, entendo que essa querela está

deslocada deste debate e creio que não está em cima da mesa. Os portugueses sabem bem o que tem vindo a

ser feito por este Governo no combate à pandemia, mobilizando-se todos os recursos disponíveis para o fazer.

Mas devo dizer, porque o Sr. Deputado parece valorizar muito o trabalho que teve ao longo… O Sr. Deputado

João Almeida não está a ouvir, mas vou tentar continuar a responder-lhe!

Basicamente, se o que foi feito durante o Governo que o Sr. Deputado apoiou foi assim tão bem feito, então

teve o ligeiro problema de as consequências das vossas medidas terem sido o aumento do desemprego e da

pobreza, em todos os escalões. Aumentou a pobreza para os portugueses em geral, aumentou a pobreza para

os mais idosos e aumentou a pobreza para as crianças e para os mais jovens.

Aplausos do PS.

Isso foi feito, porque os senhores tiveram uma política deliberada de corte de rendimentos, de congelamento

de rendimentos, mas também de ataque às fundações do nosso Estado social. Os senhores cortaram o RSI,

cortaram o CSI, cortaram pensões e queriam ir mais longe. Só não foram mais além porque o Tribunal

Constitucional impediu que continuassem a fazer esses cortes.

Aplausos do PS.

O que temos vindo a fazer ao longo dos últimos anos é mesmo, em parte, para corrigir aquilo que o CDS e o

Sr. Ministro Pedro Mota Soares, em especial, deixaram ao País e que foi um grande número de lesados da