4 DE MARÇO DE 2021
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Ainda assim, o Governo, ignorando as dificuldades que as famílias enfrentaram em 2020, determinou o
encerramento das escolas no passado mês de janeiro e recuperou o mesmo regime que vigorou em 2020,
regime este que impedia o acesso ao apoio excecional à família para todos aqueles que estivessem em
teletrabalho.
Tal é a insensibilidade do Governo para com os problemas das famílias que só passado um mês após o
encerramento das escolas é que tentou corrigir esta injustiça. Só o fez não porque reconheceu as dificuldades
das famílias mas, sim, porque foi compelido pelas iniciativas do PSD e de outros partidos políticos que,
entretanto, foram apresentadas e que podiam reunir maioria parlamentar.
E por considerarmos que as medidas apresentadas pelo Governo estão aquém daquilo que são as
necessidades das famílias, o PSD apresentou uma proposta que não só vai ao encontro dessas necessidades,
como também é uma proposta equilibrada e justa para as famílias e para as empresas, sem os excessos
fundamentalistas a que os partidos de extrema-esquerda já nos habituaram.
A proposta do PSD permite que as famílias monoparentais e todas as famílias com filhos menores de 12
anos, bem como as famílias com filhos ou dependentes com deficiência ou doença crónica, independentemente
da idade, possam aceder ao apoio excecional à família em alternativa ao teletrabalho.
O PSD entende, assim, que deve ser garantida a necessária proteção social aos pais que tenham de faltar
ao trabalho para prestar a necessária assistência aos filhos, enquanto as escolas e as creches se mantiverem
encerradas, proteção esta que deve ser garantida não só aos trabalhadores por conta de outrem, mas também
aos trabalhadores independentes.
Por isso mesmo, o PSD congratula-se pela maioria alcançada em comissão parlamentar com vista à
eliminação de uma discriminação negativa…
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr.ª Deputada, peço-lhe para concluir. O tempo de cada intervenção é
de 2 minutos.
A Sr.ª Ofélia Ramos (PSD): — Com a tolerância da Sr.ª Presidente, quero dizer apenas, para terminar, que
o PSD se congratula com a maioria alcançada em comissão parlamentar…
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Muito obrigada, Sr.ª Deputada. Tem mesmo de terminar.
A Sr.ª Ofélia Ramos (PSD): — Deixe-me terminar, Sr.ª Presidente, na medida em que também concedeu
tolerância ao Sr. Ministro e, portanto, permita-me terminar.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr.ª Deputada, são coisas distintas. O tempo de intervenção, para este
debate, é de 2 minutos.
A Sr.ª Ofélia Ramos (PSD): — Pensava que os direitos eram os mesmos,…
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Muito obrigada, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Ofélia Ramos (PSD): — … mas pronto.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Rita Borges Madeira, do Grupo
Parlamentar do PS.
A Sr.ª Rita Borges Madeira (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: O Partido Socialista não acompanhará
as propostas aqui hoje avocadas, como já o fez em sede de votação, na especialidade, na Comissão de Trabalho
e Segurança Social. E não acompanha estas propostas não porque seja contra a proteção aos trabalhadores,
aos desempregados e aos mais necessitados, mas exatamente pelo contrário.