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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Por isso, acompanharemos os projetos que recomendam ao Governo que tome medidas para que a

aquisição de vacinas seja mais célere, designadamente por via da compra a outros fornecedores e a outros

países, que seja possível cumprir com o plano de vacinação e que a luz ao fundo do túnel se transforme,

finalmente, na solução tão esperada a que a ciência soube dar resposta.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para encerrar o debate, tem a palavra, em nome do Grupo

Parlamentar do PCP, a Sr.ª Deputada Paula Santos.

Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, no encerramento deste debate,

queremos ainda acrescentar o seguinte: creio que todos conhecemos o diagnóstico e a situação do País. A

questão que se coloca é quais são as soluções para que, de facto, a nossa população seja vacinada o mais

rapidamente possível, aliás como é recomendado por um conjunto de especialistas, identificando a vacinação

como a solução para combater a epidemia e para proteger a saúde da população.

E, quando falamos em soluções concretas, aquilo que vimos por parte do PS, do PSD e do CDS é que trazem

a mesma receita que já mostrou que não trata a doença que estamos a enfrentar neste momento.

A solução não passa por insistir numa resposta que a União Europeia não teve capacidade para dar. E não

teve capacidade, porque se submeteu aos interesses das grandes empresas e não pôs em cima da mesa a

proteção da saúde das populações. Foram estabelecidos acordos entre as empresas multinacionais e a

Comissão Europeia, acordos leoninos, que ninguém conhece, que são confidenciais, em que houve, de facto,

pagamento grande de dinheiros públicos para o desenvolvimento da vacina, em que houve o pagamento da

própria vacina, e perante o incumprimento nem sequer há cláusulas de penalização e de sancionamento.

Mas é isso que vai defender a saúde das populações? É esta intervenção que temos visto, semanas após

semanas, de atrasos e de incumprimentos e para os meses seguintes que está em cima da mesa? Não pode

ser, não podemos ficar amarrados. Foi essa solução que o PCP quis aqui trazer.

Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa, é lamentável a intervenção que aqui proferiu, porque a ignorância num debate

desta natureza é, de facto, profunda e grave…

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Ah, com isso concordo!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Quando estão em desenvolvimento mais de 180 vacinas a nível mundial,

quando há um conjunto de vacinas já aprovadas…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira concluir.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou já terminar, Sr. Presidente.

As questões que nós colocamos são no plano científico e, naturalmente, cabe aos técnicos e aos

especialistas definir e tomar essa decisão.

Já a Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa traz aqui critérios de ordem política que têm consequências na

concretização de um plano que é fundamental para proteger a população.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr.ª Deputada. Tem de terminar.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, mesmo, mesmo para terminar, quero dizer o seguinte:

apresentámos soluções concretas, que são possíveis, que são exequíveis, que são legais, que estão em cima

da mesa, que há vários países da União Europeia que admitem.

Aquilo que importa ao Governo português e a Portugal é defender os interesses da nossa população. E

defender os interesses da nossa população é aumentar o número de vacinas e vacinar mais rapidamente os

portugueses.

Muito obrigada, Sr. Presidente, pela tolerância.

Aplausos do PCP e do PEV.