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29 DE ABRIL DE 2021

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A Sr.ª Ministra de Estado e da Presidência: — O resultado desta ação não irá afetar a segurança do site dos Censos, continuando a ser assegurada a total proteção de dados pessoais, e a forma de resposta pela

população também não será afetada, poderá, no máximo, ter alguma lentidão adicional.

Esta foi a informação que, nas últimas horas, o INE me prestou. Estarei, a partir de agora, obviamente,

sempre disponível para responder a quaisquer questões que me coloquem.

O segundo tema que o Sr. Deputado traz, sobre a proteção das crianças, é um tema muito relevante.

Apenas uma parte dessa política é da minha responsabilidade mas não deixarei de lhe responder porque,

efetivamente, e foi sempre uma preocupação do Governo, perante uma crise desta dimensão, é necessário

garantir a proteção das crianças.

Foi por isso que organizámos, em torno das escolas, uma rede social de proteção que garantiu,

praticamente, só para ter uma ideia, 20% das refeições habituais, quando a escola está a funcionar, neste

período mais crítico. E, por exemplo, neste segundo confinamento, garantimos sempre que as comissões de

proteção de crianças e jovens estavam a funcionar de forma ininterrupta, precisamente porque considerámos

que, no primeiro confinamento, esse funcionamento fez falta.

Queria ainda dizer-lhe que, quando aqui aprovámos uma estratégia para o combate à violência doméstica,

incluímos o desenvolvimento de ações específicas, dirigidas, por um lado, à prevenção primária e secundária,

mas também garantindo que todos os profissionais que atuavam no âmbito da violência doméstica tinham

orientações, e orientações coerentes entre si, porque esse era um dos temas identificado na área das crianças

e dos jovens. O guia está pronto, foi lançado em 2020 e faz parte da formação integrada a todos os agentes

que trabalham na área da violência doméstica e na resposta em programas de prevenção primária e de apoio

às crianças.

Prevê-se também o acompanhamento de projetos de prevenção e de intervenção junto dos grupos mais

vulneráveis e, como anunciámos há poucos dias, lançámos também um concurso para apoio psicológico às

crianças e aos jovens, precisamente, no âmbito da rede nacional de apoio à violência doméstica.

Sr. Deputado, a UNICEF, em 2019, disse que Portugal era um dos países com políticas que melhor

respondiam às necessidades das crianças. Podemos confiar nesta indicação da UNICEF e também podemos

olhar para os dados: a pobreza nas crianças diminuiu, o abandono escolar precoce diminuiu. Temos sempre

procurado responder às crianças e aos jovens como sendo eles, sabemos todos, aqueles a quem temos de

garantir que as desigualdades não se reproduzem. É isso que temos feito e, obviamente, estarei sempre

disponível para o continuar a fazer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — O PSD continua a dispor de tempo, pelo que tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada Lina Lopes.

A Sr.ª Lina Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra de Estado e da Presidência, tenho três questões para lhe colocar: a primeira é sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, a segunda é sobre a Lei n.º

60/2018 e a terceira é sobre uma diretiva europeia COM 2021.

Sr.ª Ministra, em Portugal, apenas 0,2% das jovens portuguesas pensam trabalhar em TIC (tecnologias de

informação e comunicação). No entanto, as remunerações nesta área são bastante elevadas, em comparação

com outras profissões. Devemos perguntar-nos qual a razão de as jovens fugirem de uma ocupação tão bem

remunerada. Provavelmente, afastam-se das TIC por se verem confrontadas com estereótipos de género nas

escolhas pessoais e por anteverem um ambiente de trabalho ocupado e chefiado quase exclusivamente por

homens.

Sr.ª Ministra, a única forma de ultrapassar este défice é organizar a formação com um contingente

significativo de jovens mulheres nesta área, o qual, depois de incorporado no mercado de trabalho, terá um

efeito multiplicador e gerará uma distribuição diferente das ocupações laborais.

Foi o que disse, recentemente, o Prof. Tribolet, com base numa experiência que realizou, na conferência

«A Economia Digital e as Mulheres», organizada pela Subcomissão para a Igualdade e Não Discriminação,

onde a Sr.ª Ministra esteve presente.