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I SÉRIE — NÚMERO 69

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A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — … quantos é que não tiveram a fortuna de o telefone tocar quando sobram vacinas, porque há pessoas a desistir das longas filas de espera, em pé, ao sol ou à chuva.

Sim, Sr.ª Deputada, esperávamos que o PS viesse aqui tecer elogios ao processo de vacinação, mas não se

pode esconder que há problemas, que há dificuldades que só são desculpadas pelo interesse que a população

tem na vacina.

Por fim, Sr.ª Deputada, não se pode esconder quais os impactos que a vacinação está a ter nos restantes

serviços, depauperados pelo desinvestimento crónico e pela falta de pessoal, que está, agora, em grande

medida, alocado à vacinação, quer seja no SNS, quer seja nas autarquias.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Hortense Martins, do Grupo Parlamentar do PS.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, agradeço às Sr.as Deputadas e ao Sr. Deputado as questões e as observações que entenderam formular sobre este tema, perspetivando, naturalmente, diversos pontos de

vista, mas volto a referir que é mais importante o que temos em comum, e o que temos em comum é a vontade

inequívoca de todos serem vacinados e de trabalharmos para esse efeito.

Nessa medida, nós também nos preocupamos com as pessoas vulneráveis, e estas foram vacinadas

primeiro, e sim, Sr.ª Deputada Mariana Silva, estamos preocupados com aqueles que possam ficar para trás.

Mas também temos conhecimento do muito trabalho que está a ser feito, em conjunto com as autarquias, com

as câmaras municipais e juntas de freguesia, para que identifiquem essas pessoas e as levem à vacinação. Por

isso, as taxas de vacinação de pessoas com mais de 80 anos já são superiores a 90%, mas é claro que não

descansaremos enquanto todos não forem vacinados e tiverem essa proteção.

Gostaria de responder também à Sr.ª Deputada Bebiana Cunha para lhe dizer que, em relação aos sem-

abrigo e aos portadores de doença mental severa, também foram vacinados com uma grande prioridade,

sobretudo os institucionalizados, mas sabemos que ainda há algo para resolver. Não tracei aqui um quadro cor-

de-rosa ou de um mundo maravilhoso porque esse não existe para nenhuma questão e também não existe para

a da vacinação. Por isso, peço-lhes que sejam sérios nas questões colocadas, porque, na verdade, o que está

a acontecer é que o plano de vacinação, em Portugal, está a ter um bom desempenho e estamos, neste

momento, a progredir para que, até ao verão, tenhamos todos vacinados.

Por último, quanto à questão das patentes, se soubéssemos que o seu levantamento faria com que, no dia

seguinte, houvesse vacinas para todo o mundo, então, acho que esse problema ficaria resolvido, mas a questão

do levantamento de patentes não resolve o problema da disponibilidade das vacinas.

Protestos do Deputado do BE Moisés Ferreira.

Não nego que esse problema tem de ser equacionado e verificado, mas também é preciso fazer com que a

produção aumente e que países, como, por exemplo, os Estados Unidos e o Reino Unido, onde é possível

exportar vacinas, o façam, porque nós, em Portugal, estamos a fazê-lo e vamos cumprir o objetivo de fornecer

pelo menos 5% das nossas vacinas aos PALOP e a Timor-Leste, como estamos já a fazer, neste momento,

iniciando e antecipando, com Cabo Verde.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Passamos à próxima declaração política, que penso ser a última, do Sr. Deputado André Coelho Lima, do Grupo Parlamentar do PSD. Não é a última do Sr. Deputado, é a última de hoje, na

ordem das declarações políticas.

Faça favor, Sr. Deputado, com votos de muita vida e saúde.