21 DE MAIO DE 2021
33
Aplausos do PS.
Também o Governo e o Parlamento não têm poupado esforços para proteger os portugueses.
Novos processos e procedimentos foram reinventados e com soluções que, estamos certos, irão permanecer,
como é o caso do autoagendamento, que já tinha ultrapassado os 204 000 pedidos, mas que esta semana,
depois da abertura da inscrição a pessoas acima dos 55 anos, regista mais de 500 000 adesões, o que está a
dificultar a resposta, é verdade, mas é compreensível, pois num só dia foram feitas mais de 25 000 inscrições.
Ora, tudo isto demonstra o sucesso do portal e que os portugueses querem mesmo a vacina o quanto antes.
Esse é também o objetivo de todos nós.
Relevante está a ser também o desempenho das autarquias, não só pela abertura de centros de vacinação,
mas pelo seu papel de proximidade.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira concluir.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Termino, Sr. Presidente. Sr.as e Srs. Deputados, destaco também o nosso compromisso de vacinar os reclusos, a população prisional,
a vacinação que está a ser feita em algumas zonas e, ainda, a solidariedade com os PALOP (Países Africanos
de Língua Oficial Portuguesa) ao iniciarmos o envio de vacinas para Cabo Verde.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada Hortense Martins, a Mesa regista a inscrição de seis Srs. Deputados para pedidos de esclarecimento. Como pretende responder?
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, respondo três a três.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito bem, Sr.ª Deputada. Para formular o primeiro pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado António Maló de Abreu, do
PSD.
O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero cumprimentar duplamente a Sr.ª Deputada Hortense Martins. Em primeiro lugar, por ter trazido a debate, em nome do Partido Socialista,
neste Plenário, o tema da vacinação, o tema da COVID-19. Mas quero cumprimentá-la também pela forma
moderada como abordou o tema. Pensava eu que voltávamos ao «milagre português», pensava eu que
voltávamos a uma narrativa que conhecemos, que pode ser resumida na frase «o vírus até treme quando
enfrenta o Governo do PS».
Risos.
A verdade é que não entrou por aí. Teve bom senso, falando do que foi feito e do que falta fazer. Nós, como
sabe, temos acompanhado tudo isso.
Mas poderia aqui utilizar, digamos assim, dois provérbios para classificar ou para pontuar a sua intervenção.
O primeiro é o de que «mais vale tarde do que nunca», mais vale terem acertado o passo em relação à vacinação
do que nunca o terem feito; e o outro é para denegar o provérbio de que «o que nasce torto tarde ou nunca se
endireita». É que, quando corrigiram a task force da vacinação com a nomeação do Sr. Vice-Almirante Gouveia
e Melo, quando se percebeu que toda a estrutura do SNS, nomeadamente os seus profissionais, estava
mobilizada, quando se percebeu que as autarquias estavam empenhadas nesse processo e que os portugueses
davam resposta efetiva àquilo que lhes era pedido, a verdade é que «o que nasceu torto se endireitou».
Recordo-lhe uma declaração de hoje da Sr.ª Ministra da Presidência em relação às cautelas que devemos
ter: estamos num nível de crescimento da pandemia; o R acima de 1 é um sinal de alerta.
Sr.ª Deputada, vamos todos, em conjunto, trabalhar para vencer a pandemia COVID-19.