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I SÉRIE — NÚMERO 69

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Mas com a vacina chegou a esperança, esperança para estarmos mais protegidos, esperança para proteger

os mais vulneráveis, esperança para evitar as mortes e conseguirmos retomar progressivamente as nossas

vidas, mesmo que ainda com uma «nova normalidade». Neste momento, Portugal está num processo de

desconfinamento controlado e responsável, tendo já recebido alguns turistas vindos do Reino Unido.

Parece que passou muito tempo, Sr.as e Srs. Deputados, desde aquele mês de março, em que sentimos que

algo estava a acontecer no mundo e nos ia obrigar a mudar. Só não imaginávamos quanto. No entanto, o mundo

também foi capaz de fazer da luta contra a COVID-19 uma prioridade, reforçando muito os investimentos na

ciência ao serviço da saúde, da economia e das pessoas. Foram descobertas várias vacinas em tempo record,

em menos de um ano, quando se previam décadas. E Portugal conseguiu obter vacinas, ainda em dezembro,

em resultado da negociação feita via Comissão Europeia, de forma a evitar a competição entre os países e a

assegurar uma distribuição equitativa, de acordo com as suas populações.

De outra forma seria, naturalmente, terrível uma luta entre países com mais recursos e capacidade de

negociação. Rapidamente, os Governos e os Estados perceberam que não seria possível a segurança e a

proteção numa perspetiva egoísta.

Sr.as e Srs. Deputados, só estaremos protegidos quando todos estiverem protegidos! E isto é válido,

naturalmente, para as vacinas.

Em Portugal, foi estabelecida como prioridade a vacinação com vista a salvar vidas. Vacina chegada teria de

ser vacina administrada, dissemos, e é isso que está a acontecer. Portugal recebeu até ao início de maio 5

milhões de vacinas, estando previstas mais 2,12 milhões durante este mês.

Todo o território recebeu as vacinas, num processo de distribuição e administração sem precedentes,

cobrindo o continente e as ilhas. E não podemos esquecer a enorme qualidade do plano de vacinação português

e a experiência dos nossos profissionais de saúde, fulcral para este desafio que Portugal está a vencer!

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, de facto, neste momento, já foram administradas mais de 4,5 milhões de vacinas, e é muito relevante termos conseguido diminuir muito a

mortalidade porque protegemos as pessoas idosas e mais frágeis, que, neste momento, já têm um nível de

proteção bastante elevado.

Portugal fez bem ao priorizar a inoculação das pessoas que estão nas instituições, com grande impacto na

redução da mortalidade. A vacina salva vidas!

Mais de 90% das pessoas com mais de 80 anos estão já vacinadas e os restantes 10% dizem respeito a

situações que estão a ser tratadas, mesmo tendo em conta que há ainda pessoas em situações diversas, como

por exemplo os acamados.

Igualmente 85% das pessoas acima dos 60 anos já têm a primeira dose da vacina e embora em muitos casos

já estejam a ser vacinados no domicílio, esse trabalho continuará, porque ninguém pode ficar para trás!

Como sabemos, um dos aspetos que inicialmente dificultou a vacinação tinha que ver com dificuldades de

disponibilidade de vacinas que, apesar de se conseguirem em tempo record, eram bastante insuficientes. Esse

motivo determinou rigor reforçado e a prioridade à proteção dos profissionais de saúde na linha da frente, que

protegiam as pessoas e cuidavam diretamente de salvar vidas.

Muitas necessidades apareciam em vários segmentos da população, que pretendiam estar incluídos nos

critérios definidos pela comissão técnica de vacinação. Nem tudo está resolvido, mas estão a ser feitos,

diariamente, esforços para proteger todos os portugueses.

Aplausos da Deputada do PS Lara Martinho.

Nesta doença pandémica, a verdade é que o desconhecimento sobre este vírus era enorme e global. Foi

com grande esforço que fomos aprendendo a responder e a vencer esta pandemia, com grandes consequências

para as pessoas, para as economias e, em especial, para certos setores de atividade.

Saudamos todos os envolvidos, desde os profissionais de saúde, à task force, à Comissão Técnica de

Vacinação, à DGS (Direção-Geral da Saúde), às entidades de saúde e às Forças Armadas.