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I SÉRIE — NÚMERO 69

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O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, eu podia fazer-lhe um conjunto de perguntas, mas adivinho a resposta. Talvez algumas das perguntas desse conjunto tivessem a ver mais com o

Bloco de Esquerda do que com o PCP, que normalmente é muito afirmativo, onde quer que seja, em qualquer

parte do mundo, em matéria de regimes, em matéria de totalitarismo e em matéria de democracia.

Mas talvez lhe pudesse perguntar, embora adivinhe a resposta, se o senhor percebeu, neste conflito entre

Israel e o Hamas, onde é que está a democracia e onde é que está o totalitarismo e se o Bloco de Esquerda, de

alguma forma, se identifica com os valores que o Hamas representa, com os valores relacionados com os direitos

humanos, com os valores relacionados com os direitos das mulheres, com a violência, etc.

O Sr. João Moura (PSD): — Ah, pois é!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Isso é importante saber, porque também estão aqui em causa valores. Sr. Deputado, eu não tenho problema. Entre um governo democrático e um primeiro-ministro, com o qual me

identifico ou não, de um país democrático ou o Sheikh Mohammed Deif, os senhores são os porta-vozes do

Sheikh Mohammed Deif. Esse é que é o vosso problema!

Protestos da Deputada do BE Isabel Pires.

Pergunto-lhes, é uma pergunta direta, Sr. Deputado — a primeira era retórica, mas esta é direta, porque esse

discurso absolutamente fanático contra Israel não ajuda em nada à paz. Nada! —, se os senhores estão

disponíveis, ou não, para condenar os ataques do Hamas. Pergunto-lhes se um Estado, qualquer que seja, que

de um momento para o outro vê a sua população atacada por milhares de rockets…

O Sr. Fabian Figueiredo (BE): — Ora essa! Está a fazer a conversa do Hamas!!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Um Estado que antes pode até ter cometido excessos — não é isso que está em causa — que podem ser condenáveis, porque pode ser condenável aquilo que aconteceu dentro do

Estado de Israel e o uso excessivo de força da polícia pode ser condenável e condenado… Isso é uma coisa.

Outra coisa são milhares de mísseis disparados contra uma população civil. Os senhores condenam isso, ou

não?! É que os senhores ficaram indignados por o próprio Governo português ter condenado esse ataque. Ora,

isso não contribui em nada, porque, independentemente de sabermos de que lado está a democracia e de que

lado não está a democracia…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira concluir, por favor.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente. Independentemente de sabermos que uns protegem os seus civis e os outros usam os seus civis como

escudos humanos,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … independentemente disso tudo, há uma coisa essencial, Sr. Deputado, que é saber como é que se contribui para a paz.

Digo-lhe que ser aliado do Hamas, ser aliado do terrorismo, como neste caso, em Cabo Delgado…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira concluir, se fizer o favor!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … ou noutros sítios, não contribui em nada para a paz.

Aplausos do CDS-PP.