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I SÉRIE — NÚMERO 8

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Os investimentos que foram fixados na área da saúde: a substituição de equipamentos pesados nos

hospitais; a internalização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica; o investimento nos

cuidados de saúde primários; e, na habitação, também para os serviços sociais da Guarda Nacional

Republicana e da Polícia de Segurança Pública, que poderão construir ou reabilitar 473 fogos habitacionais,

com verbas já contabilizadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Aplausos do PS.

E ainda, para terminar, as verbas para as residências estudantis e — infelizmente, executada de uma

forma bastante insuficiente — uma proposta que o PCP também apoiou, da iniciativa do PEV, do fundo de

tesouraria para as micro, pequenas e médias empresas. Somos os primeiros ou, melhor, os segundos a estar

conscientes de que necessita de ser francamente melhorado.

Portanto, Sr. Deputado, não só partilhamos, na generalidade, das suas preocupações como, ao longo

deste ano, temos vindo a executar, ou continuamos a executar, o conjunto de medidas que foram aprovadas

no âmbito do Orçamento de 2021, e assim faremos também no âmbito do que, espero, venhamos a acordar

relativamente ao Orçamento do Estado para 2022.

Quanto às matérias extraorçamentais, teremos respostas, umas no quadro da Agenda do Trabalho Digno e

outras no quadro da Nova Geração de Políticas de Habitação, respondendo a muitas necessidades do nosso

País e do nosso povo, necessidades essas que o Sr. Deputado aqui referiu.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra, embora por pouco tempo, o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, ainda que com limitação de tempo, queria dizer o seguinte ao Sr. Primeiro-Ministro: a nossa grande inquietação e preocupação é que, de facto, não ficou claro o

compromisso em ultrapassar estas dificuldades objetivas que coloquei na intervenção.

Por isso, nós, que reconhecemos e sabemos o mérito e o significado das nossas propostas, estamos

preocupados porque não fomos acompanhados pelo Governo na concretização de propostas, algumas ainda

por concretizar no próprio Orçamento do Estado para 2021, em vigor.

Por isso, como se costuma dizer, olhando para a situação do País, olhando para o estado em que se

encontra o nosso País, tendo em conta as preocupações que milhões de portugueses têm em relação à sua

vida, podemos dizer que saímos daqui preocupados…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — … e que quem não estiver preocupado está distraído de certeza, porque o Governo não respondeu àquilo que é fundamental.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, além de termos o dever, a obrigação de estar preocupados, creio que temos, diria mesmo, a impossibilidade de não estarmos

preocupados. Quando o País enfrentou a maior crise económica que alguma vez teve, quando estivemos à

beira da maior crise social que o País teve, quando estivemos a enfrentar a maior crise sanitária que

enfrentámos só podemos estar preocupados com as consequências de tudo o que vivemos neste ano e meio.

De qualquer forma, há alguns dados que justificam a nossa confiança.