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27 DE NOVEMBRO DE 2021

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Está garantido!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — A todos diria que gostaria que reconhecessem que estivemos aqui sempre com convicções, com determinação e com combatividade, mas que procurámos também sempre fazer

política, nos termos em que nos referíamos, há pouco tempo, ao ex-Presidente Jorge Sampaio, com dignidade

e com elevação. Gostaria que essa fosse também a marca da nossa passagem por este Parlamento.

Em relação ao futuro, gostaríamos de pedir, aos que vão continuar e àqueles que se vierem juntar aos que

vão continuar, uma última coisa: continuem a honrar os vossos mandatos, não deixem que os inimigos da

democracia apouquem a função parlamentar.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Desempenhei várias funções, fui vereador, fui ministro, mas nenhuma função me honrou tanto como a de ter sido parlamentar. Para quem fala de privilégios dos políticos, esse é o

nosso privilégio, o de todos representarmos o povo português, de todos representarmos este povo fantástico.

Não há maior privilégio!

Tive e tenho muito orgulho mesmo em ser um de vós. Tenho muito orgulho em ser um de vós, de todos, com

todas as diferenças que aqui temos.

Quem luta por convicções, não deixará nunca de lutar — é a frase bonita de que tanto gostam — e, por isso,

não será vencido também. Outro grande estadista dizia: «Nem o sucesso é definitivo, nem o falhanço é fatal, o

que conta é a coragem para continuar». Portanto, quem luta por convicções, não desistirá nunca.

Termino, dizendo-vos, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, uma última frase de um nome grande da

literatura portuguesa: «Porque almocreves somos e na estrada andamos, havemos de nos encontrar».

Até sempre! Viva Portugal! Viva a democracia! Viva sempre o Parlamento!

Aplausos do CDS-PP, do PS, do PSD, do PAN, do CH, do IL e das Deputadas não inscritas Cristina

Rodrigues e Joacine Katar Moreira (de pé), do BE e do PCP.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado, pelas suas palavras. Os meus votos também para o seu futuro. E, como diz, e bem, quem está na política, nunca se reforma totalmente da vida política.

Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida, do Grupo Parlamentar do CDS-PP.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Foi no fim dos anos 80 que comecei a sentir o interesse pela política, a valorizar a democracia e a admirar o Parlamento, a admirá-lo

com uma admiração tão distante de quem achava que nunca haveria de cá estar, não faria qualquer sentido,

não tinha qualquer ligação. Continuei, ainda assim, a interessar-me, a ver e a admirar aquilo que aqui se fazia.

A admirar alguns dos que, por essa altura, mais se destacavam no Parlamento nacional.

Foi já no princípio dos anos 90 que assisti a um momento que me marcou muito: a despedida de um dos

maiores do Parlamento português e da nossa democracia, o Prof. Adriano Moreira. Nessa altura achava que,

se calhar, até podia, um dia, ter a honra de servir nesta Casa, mas que nunca teria o estatuto para fazer uma

dessas despedidas. Não me esqueci disso. Portanto, acho que não tenho o estatuto para fazer essa despedida,

tenho, sim, a obrigação de agradecer tudo aquilo que o Parlamento me deu.

Saio, com a discrição dos comuns e ainda com maior admiração pelos ímpares e por aqueles que são

exemplares e continuam a sê-lo para mim.

Mas o que me faz sentido é agradecer. Agradecer, desde logo, aos eleitores, aos eleitores do círculo eleitoral

de Aveiro, aos eleitores da minha terra, São João da Madeira. Foi também um orgulho muito grande o de ser

um dos felizmente muitos, do mais pequeno município do País, parlamentares que a nossa democracia vai

tendo.

Agradecer ao meu partido e aos presidentes que me escolheram para aqui representar o CDS: os ex-

Presidentes Paulo Portas e Assunção Cristas.

Agradecer, muito, aos funcionários desta Casa — aos funcionários parlamentares, aos funcionários do Grupo

Parlamentar do CDS e aos funcionários de outros grupos parlamentares. Em tantos momentos, todos