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16 DE SETEMBRO DE 2023

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A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — Tal e qual! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Como o negócio do Avante! O Sr. João Dias (PCP): — Essa é uma estratégia já bem conhecida, na qual o PSD, a Iniciativa Liberal e o

Chega investem tudo o que têm. O PS e o seu Governo, de maioria absoluta, dizendo que defendem o SNS, têm mostrado o caminho

contrário, escancarando a porta ao privado, alimentando a estratégia de degradação do SNS pela via da desvalorização dos seus profissionais, pela degradação das condições de trabalho, pelo desinvestimento em equipamentos e tecnologia, acabando por fazer tão bem ou melhor do que aquilo que o PSD, a Iniciativa Liberal e o Chega fariam, se pudessem, na destruição do SNS.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Ai, meu Deus! Tanto disparate! O Sr. João Dias (PCP): — Srs. Deputados, o Governo do PS tem levado a cabo uma política de redução

dos serviços públicos de saúde para, assim, ir comprar mais ao privado, o que corresponde, inevitavelmente, a maiores custos. Mas, principalmente, de uma forma mais ou menos disfarçada, o PS vai seguindo o mesmo caminho dos partidos de direita e de extrema-direita de privatizar o serviço público de saúde.

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Muito bem! O Sr. João Dias (PCP): — Senão, veja-se: com tamanhas dificuldades que o SNS tem vivido, ainda não se

viu uma medida que fosse de reforço do SNS. O que o Governo tem ajudado, e bastante, é a resolver os problemas dos grupos privados, que lucram à custa do negócio da doença.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Então é o PS? Agora, afinal, é o PS?! O Sr. João Dias (PCP): — Certamente, pode discutir-se a rede de maternidades, de urgências, etc., e

organizá-las de forma a darem melhor resposta. Certamente que sim, mas não é esse o objetivo do Governo. É, sim, o de reunir as condições para o encerramento de um largo número de serviços.

Por isso, não temos dúvidas de que a defesa do Serviço Nacional de Saúde é uma batalha fundamental do nosso tempo. Convocamos para essa batalha todos os que defendem o SNS e que veem no SNS o melhor instrumento para assegurar o direito à saúde de toda a população, a começar pelos profissionais de saúde, que daqui saudamos.

Esta saudação é extensível a todos os que amanhã — já amanhã — se irão manifestar nos 18 distritos do País, na Jornada Nacional de Defesa e Reforço do SNS, organizada pela CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses). Sem dúvida que esta luta pelo SNS tem de ser uma luta de todos e para todos, na certeza de que podem contar com o PCP na defesa inabalável do SNS.

Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção pelo Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal, tem a

palavra a Sr.ª Deputada Joana Cordeiro. A Sr.ª Joana Cordeiro (IL): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e

Srs. Deputados: O Serviço Nacional de Saúde faz hoje 44 anos. A 15 de setembro de 1979, e cito a lei à data, foi «criado o Serviço Nacional de Saúde, pelo qual o Estado assegura o direito à proteção da saúde, nos termos da Constituição».

Sobre isto, repito o que já referi: a criação do SNS foi uma importante reforma, que garantiu a todos os cidadãos o acesso geral, universal e tendencialmente gratuito a cuidados de saúde. Foram a criação e o desenvolvimento do SNS que permitiram que se alcançassem muitos ganhos em saúde, como a redução