I SÉRIE — NÚMERO 1
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Alguns morreram à porta do hospital, esperando por uma transferência de um hospital central, como no Hospital Beatriz Ângelo, porque estavam no hospital central, mas este hospital não tinha todas as valências.
O orador exibiu a fotocópia de uma notícia. Outros morreram à espera do INEM, na calçada à frente de um hospital, porque não foram socorridos nem
pelo INEM nem por esse hospital, que tinha a urgência fechada. O orador exibiu a fotocópia de uma notícia. Alguns morreram em deslocações, porque se encontravam encerradas as urgências, como esta grávida, que
perdeu o seu bebé, depois de percorrer mais de 100 km entre dois hospitais. O orador exibiu a fotocópia de uma notícia. Muitos morreram por falta de medicamentos, que o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e
Produtos de Saúde) não aprovava, como é o caso do pembrolizumab, para as mulheres com cancro da mama triplo negativo.
O orador exibiu a fotocópia de uma notícia. Muitos morreram também nos hospitais, por terem tido alta e serem mandados para casa, como esta mulher,
agora. Um ano depois, aconteceu exatamente o mesmo que promoveu a demissão da anterior Ministra da Saúde: mais uma grávida morreu no hospital de Guimarães, depois de ser mandada para casa.
Srs. Deputados, muitos também colocaram termo à vida, suicidando-se. Em Portugal, três pessoas suicidam-se por dia. Porquê? Em consequência do desespero provocado pelas vossas políticas, mas principalmente por falta de uma política pública séria de saúde mental.
Protestos de Deputados do PS. Esta, Srs. Deputados, Sr. Presidente, é a nossa realidade, a que vocês chamam de «populismo». Chamam
de «populismo», porque vivem numa bolha privilegiada, porque esta é, de facto, a realidade a que o povo português diz «chega»!
Vozes do CH: — Muito bem! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Passado um ano da substituição feita no Ministério da Saúde e
tendo o Dr. Manuel Pizarro já um ano de mandato, se alguma coisa mudou, foi para pior. A mudança de Ministro da Saúde mostrou um verão pródigo em casos graves, em encerramentos e em
diferendos com os profissionais de saúde. Protestos do Ministro da Saúde. Os cuidados privados mantêm-se num caos. Protestos do Ministro da Saúde. Ainda anteontem, tivemos, na Comissão de Saúde, a Comissão de Utentes do Centro de Saúde do
Bombarral, que nos veio dar um cenário catastrófico, com 90 % dos utentes sem médico de família. A esses, sem médico de família, foi-lhes prometido um novo hospital, o sétimo novo hospital a ser prometido
por este Governo, o hospital do Oeste.