I SÉRIE — NÚMERO 1
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O Sr. Pedro Pinto (CH): — De quem?! A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — O reforço dos recursos humanos, em março deste ano,
era de mais 25 %. São 30 691 profissionais de saúde e todos sabemos que não chegam para as necessidades. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sim, sim… E todos sabemos que não chegam! A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Apesar da evolução do movimento assistencial no Serviço
Nacional de Saúde já hoje aqui realçado — mais consultas, mais intervenções cirúrgicas, mais episódios de urgência —, os números mostram-nos que a produção de cuidados aumenta significativamente,…
O Sr. João Dias (PCP): — O relatório não diz isso! A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — … mas a procura de cuidados também aumenta, e é este
o paradoxo do Serviço Nacional de Saúde. Não podemos esquecer que o perfil dos utentes também se alterou: vivemos mais, estamos mais exigentes,
e ainda bem, porque falamos de direito à saúde. Mas está também em curso uma reforma na organização dos cuidados, que consiste, principalmente, como também já foi salientado, na integração de cuidados.
O Serviço Nacional de Saúde vai certamente melhorar, mas não nos iludamos, os problemas vão continuar a existir, porque, em última análise, como todos já percebemos, muitos deles advêm do seu próprio sucesso, ou seja, do aumento da esperança média de vida.
Aplausos do PS. E isso é um bom motivo! Vamos continuar a lutar, vamos continuar a melhorar o Serviço Nacional de Saúde. Queria terminar, saudando o Sr. Presidente da Comissão de Saúde, o Sr. Presidente da Assembleia da
República, pela oportunidade deste debate, e não posso deixar de saudar vivamente a Dr.ª Graça Freitas, que hoje nos honra com a sua presença nas galerias,…
Aplausos do PS. … e os Capitães de Abril, que, por coincidência, também aqui estão. Muito obrigada! A vossa presença é um
estímulo para continuarmos. Aplausos do PS. Vozes do CH: — De pé! Levantem-se! O Sr. Presidente (Adão Silva): — Se me permitem uma nota pessoal também, os meus cumprimentos à Sr.ª
Dr.ª Graça Freitas, velha amiga, e sobretudo um elogio pelo seu trabalho e uma expectativa de que continue a ter uma longa vida depois do seu trabalho na Direção-Geral da Saúde. Muito obrigado.
Agora, para encerrar este debate, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde, Dr. Manuel Pizarro. O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É de facto uma coincidência feliz que
neste dia 15 de setembro, em que se assinala o 44.º aniversário da criação do Serviço Nacional de Saúde, possamos ter o privilégio de ter no Hemiciclo a presença de um grupo de Capitães de Abril, porque não tenho nenhuma dúvida de que eu e os portugueses achamos que o Serviço Nacional de Saúde é uma das grandes conquistas da democracia portuguesa e, também por isso, vos queremos agradecer.
Aplausos do PS.