22 DE SETEMBRO DE 2023
39
Acho que devemos dizer que não houve vias mais repressoras. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Ah, pois não, não houve! O Sr. Bruno Aragão (PS): — O que houve foi vias mais coletivas, e isso foi claramente uma opção. Não
houve vias individuais, houve claramente vias mais comunitárias, isso foi também uma opção. Protestos do CH e da IL. Este certificado, que é apenas um exemplo, não é um caso exclusivo português. Foi adotado pelos 27 países
da União Europeia, mais os três países do espaço económico, mais 37 países que não nenhum destes que referi. Portanto, não estamos a falar de nenhuma invenção ou de nenhuma criação nacional, nem de nenhuma tentativa repressora sobre os cidadãos.
O que houve foi, de facto, um esforço de equilíbrio entre direitos, liberdades e garantias… O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Por isso é que fizeram a petição! O Sr. Bruno Aragão (PS): — … e um esforço comunitário de responder a uma emergência sanitária que,
por ser sanitária, era, de facto, comunitária. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem! O Sr. Bruno Aragão (PS): — Foi isso que se fez. A discussão sobre esta matéria é extemporânea no que a este objeto diz respeito, mas não deixará de o ser
relativamente à avaliação que vamos continuar a fazer. E termino com uma frase muito simples, uma ideia que a Sr.ª Provedora de Justiça deixou, na audição da
semana passada, e que acho que encerra bem esta discussão, e passo a citar, se não é ipsis verbis, é praticamente: «Enquanto comunidade, conduzimos o barco de forma admirável.»
Acho que é isto que nos importa, porque, de facto, foi isto que os portugueses reconheceram e é isto que os diferentes relatórios que começam a surgir também confirmam.
Aplausos do PS. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — E o Tribunal Constitucional, também confirma?! A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ofélia Ramos, do
Grupo Parlamentar do PSD. A Sr.ª Ofélia Ramos (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Começo, naturalmente, por saudar, na
pessoa da primeira subscritora, os milhares de subscritores da petição que hoje discutimos, que se revela da maior importância.
E é da maior importância por duas simples razões. A primeira, desde logo, é pelo simples facto de o exercício do direito de petição ser um instrumento importantíssimo, que contribui para a melhoria da nossa democracia, na medida em que aproxima os cidadãos dos seus representantes. E por isso, permitam-me, desde logo, saudar os milhares de subscritores da presente petição pela sua iniciativa, pela sua participação cívica, que enriquece, sem dúvida, o debate político e a nossa democracia.
Aplausos do PSD. Mas esta petição reveste-se também de grande importância pelo assunto que aqui traz, pelas razões que
adiante explicarei.