31 DE OUTUBRO DE 2023
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O Sr. Rui Rocha (IL): — Eh lá!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Iremos aumentar todas as pensões entre 5,2 % e 6,2 %, continuando da
trajetória de valorização das pensões que temos vindo a fazer desde 2015.
Aplausos do PS.
Significa isto, por exemplo, que a pensão média terá um aumento de 34 € por mês, 476 € por ano.
Estamos também a reforçar as prestações sociais: o rendimento social de inserção, a garantia para a infância
e o abono de família, que irá aumentar 22 € por mês para cada criança, 264 € por ano para cada criança.
Aplausos do PS.
E permitam-me enfatizar uma meta particularmente relevante: os beneficiários do complemento solidário para
idosos passam a ter um rendimento que garante que nenhum fica abaixo do limiar de pobreza, antecipando já
para 2024 a meta que tínhamos previsto alcançar em 2026.
Aplausos do PS.
Ora, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, é porque em 2024 o salário mínimo nacional cresce 840 €, porque
os trabalhadores da Administração Pública têm um aumento de pelo menos 728 €, porque os jovens
trabalhadores licenciados ou mestres começam a receber o prémio salarial de 679 € ou de 1500 €, porque a
pensão média aumenta 476 €, porque cada criança recebe mais 264 € de abono de família,…
Risos do Deputado do CH André Ventura.
… é por todas estas razões que a oposição não quer falar de salários, não quer falar de pensões, não quer
falar de prestações sociais e prefere falar de um aumento anual de 25 € no IUC.
Aplausos do PS.
Mas, por mais que inventem, por mais que queiram desconversar, por mais que queiram esconder que o
aumento do IUC é só, no máximo dos máximos, de 25 € no próximo ano,…
O Sr. André Ventura (CH): — Por ano!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … a verdade é que é mais um Orçamento que aumenta o rendimento dos
trabalhadores, o rendimento dos jovens, o rendimento dos pensionistas, o rendimento de todas as famílias
portuguesas.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, para o Governo, a política fiscal é um instrumento de redistribuição
justa da riqueza e que contribui para o reforço do rendimento das famílias.
Depois de, na campanha eleitoral, o PPD/PSD ter assumido como sua prioridade a descida do IRC (imposto
sobre o rendimento das pessoas coletivas) e ter remetido lá para 2025 ou 2026 uma eventual descida do IRS,
e só se as condições o viessem a permitir, lembraram-se, a meio deste verão, de que, afinal, queriam descer o
IRS.
O PPD/PSD assumiu essa proposta como se assumem, na juventude, os amores de verão: enterram-se na
areia no fim das férias!
Risos e aplausos do PS.