I SÉRIE — NÚMERO 20
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O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — E eu percebo o quê, afinal? O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr.
Deputado Sérgio Ávila. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Não é o Paulo Cafôfo?! O Sr. Sérgio Ávila (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr.as e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs.
Deputados, o Orçamento do Estado para 2024 representa, além do cumprimento integral da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, um aumento de 26,5 milhões de euros das transferências para os Açores, mais 9,2 %.
Aplausos do PS. Ao que acresce, também no âmbito da Lei das Finanças das Regiões Autónomas e por via da captação do
IVA, uma transferência de mais 85,5 milhões de euros do que previsto no Orçamento da região do ano passado, 2023, isto é, de mais 27,7 %.
Só nestas duas componentes, em 2024, a Região Autónoma dos Açores irá receber mais 112 milhões de euros, mais 19 %, de acordo com os dados da página 32 a 34 do relatório do Orçamento da própria Região Autónoma dos Açores.
Por outro lado, foi possível, no âmbito deste Governo, duplicar os fundos comunitários para a Região Autónoma dos Açores e, em 2023, aumentar em mais 25 %, precisamente em mais 145 milhões de euros, a dotação de PRR para investimentos diretos da própria região.
Ou seja, nestas duas componentes, teremos mais 112 milhões de euros de transferências para a região e mais 145 milhões de euros de recursos no âmbito do PRR.
Aplausos do PS. O que permite chegar a uma conclusão concreta, independentemente da aprovação ou não do Orçamento
da região: nunca os Açores tiveram tanto valor de transferências do Estado, nem tantos fundos comunitários à sua disposição. Isso faz parte do património do Partido Socialista em relação à Região Autónoma dos Açores, que se resume em nove dados concretos.
Primeiro, passou a cumprir a Lei das Finanças das Regiões Autónomas; segundo, passou a assegurar a comparticipação nas USP (unidades de saúde pública) interilhas, nos jogos sociais, entre muitas outras receitas a que a região não tinha direito; terceiro, duplicou os fundos comunitários para a região; quarto, cumpriu integralmente, e no timing solicitado pela região, os apoios à agricultura; quinto, apoiou as medidas de mitigação da redução da Base das Lajes, incluindo em relação aos seus trabalhadores, e que está concluída com a proposta apresentada pelo PS neste Orçamento; sexto, assegurou integralmente os compromissos de apoio no âmbito do furacão Lourenço, de acordo com aquilo que foi solicitado pelo Governo regional, em junho de 2021; sétimo, avançou com investimentos estruturantes, como a ampliação do aeroporto da Horta, que está agora dependente do projeto a ser feito pela câmara municipal; oitavo, criou condições também para as especificidades da região, como a proposta que apresentámos do alojamento local, passando a competência de isenção, ou não, da taxa para a Assembleia Legislativa Regional; e, nono, teve em conta, pela primeira vez, competências que seriam da região como um apoio extraordinário da República, como o apoio para as famílias mais carenciadas, no âmbito da inflação.
Posso assumir, em conclusão, que tive oportunidade de trabalhar, no âmbito das minhas funções regionais, com cinco Primeiros-Ministros — três do PSD e dois do PS —, e posso assegurar, com toda a convicção e com toda a certeza, que António Costa foi o Primeiro-Ministro que mais defendeu e apoiou os Açores e os açorianos.
Aplausos do PS.