O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 21

54

Protestos do Deputado do CH Filipe Melo. No debate deste Orçamento, o PCP reafirma a necessidade urgente de avançar com medidas concretas

para reforçar a oferta pública de habitação, para proteger os inquilinos da praga dos aumentos e dos despejos e para trazer estabilidade aos contratos de arrendamento.

Propomos que se travem os aumentos das rendas, o maior aumento em 30 anos que o Governo quer deixar à solta; propomos medidas para baixar a prestação da casa, não à base de adiamentos do que se paga agora só para depois pagar mais, mas indo buscar o dinheiro onde ele está, às taxas e comissões escandalosas e aos 12 milhões de euros por dia de lucros da banca, e que, assim, as pessoas que estão a ser esmagadas com o aumento das taxas de juros no crédito à habitação tenham a prestação de facto reduzida e não apenas transferida em parte lá mais para a frente; e propomos que se acabe de vez com o regabofe dos privilégios nos vistos gold e nos residentes não habituais, que estão a inflacionar os preços da habitação a níveis nunca vistos.

O PCP não desiste de lutar pelo que é necessário, pelo que é justo, pelo que faz falta à vida das pessoas, porque Portugal não tem de estar condenado a essas políticas desumanas de exploração e de especulação, de paraíso fiscal para alguns e de desalojamento brutal para tantos.

Não desistimos de lutar por um País onde a habitação seja um direito, não só na Constituição, mas na vida concreta, onde as casas sejam para viver e não para especular, onde os recursos, que são de todos, sirvam não para que alguns tenham lucros, mas para que todos tenham casa.

Por isso, dizemos: é hora de mudar de política. Com a força que tivermos, com a força que as pessoas quiserem ter, cá estamos, cá estaremos, com as soluções que é urgente concretizar.

A votação será hoje, mas a luta será sempre! Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos à proposta 767-C, do PSD, de aditamento de um artigo

139.º-A — Ação social escolar no ensino básico e secundário. Tem a palavra a Sr.ª Deputada Germana Rocha. A Sr.ª Germana Rocha (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, nascer pobre

não deve nem pode ser uma fatalidade. A Sr.ª Sónia Ramos (PSD): — Muito bem! A Sr.ª Germana Rocha (PSD): — E, sim, ao contrário do que tanto proclama o Governo e o PS, muitos são

os portugueses que vão ficando para trás. Estudos demonstram que as crianças que crescem em situação de pobreza correm o risco de desemprego

e de exclusão social em adultos e que, em Portugal, 30 % da população não tem capacidade para fazer face a uma despesa inesperada.

Estes dados agravam-se no atual contexto socioeconómico devido ao elevado custo de vida em que as famílias têm cada vez mais dificuldades em fazer face às despesas de alimentação, saúde, habitação e educação.

Vozes doPSD: — Muito bem! A Sr.ª Germana Rocha (PSD): — Por isso, o PSD apresenta esta proposta, que pretende a atualização

dos valores da ação social escolar, tendo em conta os rendimentos e também as necessidades dos agregados familiares, e a eliminação da burocracia desnecessária na atribuição dos apoios a prestar aos nossos alunos, aumentando, assim, consideravelmente o universo dos seus beneficiários.

Aplausos do PSD.