25 DE NOVEMBRO DE 2023
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Dizem-nos os estudos que as meninas e mulheres entram neste sistema aos 14 anos de idade, em média. 96 % das vítimas de tráfico são para fins de exploração sexual, são meninas e mulheres. 9 em cada 10 mulheres abandonariam este sistema se tivessem, de facto, caminhos de saída e alternativa.
É por isto que o Chega pede, hoje, a criação de centros de prevenção e medidas de apoio à saída do sistema de prostituição. Sabemos que isto é justo, é necessário e dignifica verdadeiramente a mulher.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Muito bem! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Nenhuma pessoa séria, nenhuma pessoa de bem, pode, de facto, chumbar
esta proposta. Aquilo que eu peço é que votem em consciência. Aplausos do CH. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Vamos passar à proposta 1435-C, do Chega, de aditamento de um artigo
139.º-A — Criação de subsídio de habitação para os trabalhadores dos setores da hotelaria, restauração e cafetaria (HORECA) durante a época alta.
Tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Melo. O Sr. Filipe Melo (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, esta proposta do
Chega visa trazer novamente o que é um direito dos trabalhadores. Sabemos da importância do setor do turismo para o nosso País, sabemos o que representa a região do Algarve neste contributo para o turismo do nosso País e cada vez mais os setores da hotelaria, da restauração, da cafeteria têm dificuldade em contratar, mesmo que seja sazonalmente, estes trabalhadores. Porquê? Porque o que pagam não é suficiente para os trabalhadores pagarem, sequer, a residência naquele período em que estão deslocados no Algarve.
Por isso, o Chega propõe o que parece ser uma proposta, no mínimo, condigna com estas necessidades tanto do setor como dos trabalhadores, em que o Governo, juntamente com a Região de Turismo do Algarve, cria um subsídio para a habitação, que será pago durante a designada época alta.
Parece-nos da mais elementar justiça repor um direito e suprir uma dificuldade do setor e dos trabalhadores. Assim o Partido Socialista o entenda, assim o Partido Socialista queira fazer avançar, novamente, o setor do turismo no Algarve.
Aplausos do CH. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Sr. Deputado Filipe Melo, já agora, acrescento que também estava
subjacente à sua intervenção a proposta de alteração 1460-C, relativa ao mesmo artigo da proposta de lei. Tem a palavra, Sr. Deputado. O Sr. Filipe Melo (CH): — Sr. Presidente, trata-se de outra proposta que tem a ver com as necessidades
das pessoas e das famílias. Neste caso, o que o Chega propõe — aliás, de forma perfeitamente alinhada com a Confederação
Empresarial de Portugal — é, de forma honesta, compensar as famílias portuguesas por todo este caminho que fizeram de grande dificuldade com a subida das taxas de juro, com a subida da inflação e com a perda de qualidade de vida: o 15.º mês isento de taxa de IRS.
Não é uma medida que vá tirar dinheiro aos cofres do Estado, simplesmente o Estado deixa de reembolsar mais do que o que já consegue cobrar às famílias portuguesas. É dar aos portugueses um pouco mais de dignidade, para poderem pagar contas que, infelizmente, não tenham conseguido pagar com os 14 salários que auferem durante o ano, sem que as empresas e sem que os próprios trabalhadores tenham de pagar as altíssimas taxas de IRS que pagam nos outros 14 meses. É uma medida simples que visa dar às famílias um pouco mais de alívio financeiro nas suas vidas e que, volto a dizer, em nada penaliza o Estado.
É uma última oportunidade que este Governo e a bancada socialista que o suporta têm para mostrar às famílias portuguesas se, efetivamente, nas propostas dão ou não o apoio que as famílias merecem e de que as famílias precisam, numa altura tão conturbada das suas vidas.