29 DE NOVEMBRO DE 2023
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facto, a uma mensagem disfarçada por parte do PS, ao contrário do PSD, que disse claramente, e à descarada:
«Cá não têm condições, emigrem! Vão para o estrangeiro.» O PS fá-lo de uma forma disfarçada, não o diz à
descarada,…
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Exatamente!
O Sr. João Dias (PCP): — … mas vai implementando políticas que, na verdade, se traduzem nisso.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. João Dias (PCP): — Termino, Sr. Presidente, só para dizer isto: esta questão de os médicos não terem
aceitado as vagas de internato significa que vão fazer essa especialidade no estrangeiro, vão para a emigração,
ou então vão para as empresas prestadoras de cuidados, e não para o Serviço Nacional de Saúde, onde fazem
tanta falta.
Aplausos do PCP.
Protestos da Deputada do PSD Sónia Ramos.
O Sr. Presidente: — Para intervir pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem agora a palavra a Sr.ª Deputada
Andreia Neto.
A Sr.ª Andreia Neto (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Portugal
tem uma cultura que assenta no regime de voluntariado dos bombeiros. Estes homens e estas mulheres são
voluntários que dedicam grande parte da sua vida ao serviço da comunidade, colocando muitas vezes em risco
as suas próprias vidas.
É certo que o diploma básico do regime jurídico das pensões de preço de sangue e por serviços excecionais
e relevantes prestados ao País não prevê, de forma expressa, a atribuição da pensão de sangue aos bombeiros
que tenham adquirido incapacidade absoluta e permanente para o trabalho por facto ocorrido no exercício e por
causa das suas funções, nem tão-pouco esta situação se encontra prevista no estatuto social dos bombeiros,
que apenas prevê a atribuição desta pensão em caso de falecimento. É por isso que o PSD apresenta esta
proposta, por se afigurar da mais elementar justiça prever no estatuto social dos bombeiros a atribuição da
pensão de preço de sangue a estes profissionais, sempre que do seu desempenho resulte uma incapacidade
absoluta e permanente para o trabalho.
O PSD espera que, desta feita, o Partido Socialista não chumbe, como fez no Orçamento do Estado passado,
esta proposta que hoje o PSD apresenta, nem que seja porque vive um momento interno conturbado.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para intervir em nome do Grupo Parlamentar do PSD, o Sr.
Deputado Alexandre Poço.
O Sr. Alexandre Poço (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, trago um tema recorrente nas últimas
intervenções do Grupo Parlamentar do PSD porque, ao fim de oito anos de António Costa e de Pedro Nuno
Santos na área da habitação, sabemos que nunca foi tão difícil para um jovem conseguir comprar casa.
Neste sentido, já há algum tempo que o PSD vem apresentando uma proposta, que volta a colocar em cima
da mesa neste Orçamento do Estado, para que o Estado garanta aos jovens que queiram comprar a sua primeira
casa a possibilidade de terem uma resposta por parte do sistema financeiro, ajudando naquela parte que é muito
difícil para os jovens portugueses: conseguirem ter dinheiro necessário para darem uma entrada no seu primeiro
crédito à habitação.