I SÉRIE — NÚMERO 23
42
Foi assim quando alterámos a lei do cinema e audiovisual, regulamentámos a atividade dos serviços de
televisão e audiovisual on demand, taxámos as plataformas de streaming e reforçámos o ICA (Instituto do
Cinema e do Audiovisual) com novas obrigações de investimento e apoios ao setor.
Foi também assim quando, com a Portugal Film Commission, criámos um novo mecanismo de investimento,
através do Fundo de Apoio ao Turismo e Cinema, para as produtoras que queiram fazer filmes, séries ou outras
obras audiovisuais no nosso território, o que se traduziu num enorme sucesso e tornou o nosso País palco de
grandes produções internacionais — veja-se o caso de filmes como Velocidade Furiosa ou da saga Star Wars
—, incentivando também séries nacionais como Rabo de Peixe, Pôr do Sol ou Glória.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Mara Lagriminha Coelho (PS): — Hoje, o PS dá mais um passo e volta a responder aos apelos do
setor, propondo um aditamento à Lei do Cinema que inclui um novo incentivo financeiro à grande produção
cinematográfica e audiovisual, no regime de apoio a fundo perdido, com um montante máximo de 20 milhões de
euros por ano, e que sejam produções gravadas no nosso território. Este passo permitirá, primeiro, continuar a
investir nas produções gravadas em território nacional; segundo, projetar a imagem de Portugal como uma
indústria cinematográfica; e, por fim, dar dimensão internacional e visibilidade aos extraordinários profissionais
de produção e realização e atores portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr.
Deputado Hugo Carvalho.
O Sr. Hugo Carvalho (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Partido Socialista, neste tempo da
Assembleia da República, traz também duas propostas de alteração que, para nós, são importantes. Ainda que
sejam propostas na área de incidência fiscal, prendem-se com o acesso à habitação, um tema que é para nós
particularmente relevante.
A primeira proposta diz respeito à operacionalização pelas autarquias locais, pelos organismos do Estado,
da aquisição de terrenos para a construção de habitação, dando a possibilidade de estarem isentos de tributação
de mais-valias àqueles que vendem esses terrenos ao Estado para fins habitacionais. Dessa forma, teremos
mais instrumentos para que possamos prosseguir uma política de habitação de reforço do parque público, de
reforço do parque habitacional, e, com isso, termos uma estratégia mais efetiva na valorização das condições
de habitação ou de acesso à habitação pela população.
Uma outra medida, também ela muito focada na emergência da crise do aumento dos juros — uma medida
que já tínhamos aplicado em 2023, pela mão do Partido Socialista, mas que queremos prolongar para o ano
2024 —, prende-se com a possibilidade de mobilização de planos de poupança-reforma e de planos de
poupança-educação, para que as famílias possam, se assim o entenderem, sem penalização e ao ritmo mensal,
fazer uma amortização total ou parcial desses mesmos planos de poupança e, assim, conseguirem ter mais
instrumentos para ultrapassar este momento particularmente exigente do ponto de vista da crise de juros que
estamos a viver.
Portanto, com estas propostas, pretendemos reforçar e dar mais instrumentos para reforçar o acesso à
habitação, que é, para nós, fundamental.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem agora a palavra a Sr.ª
Deputada Lúcia Silva.
A Sr.ª Lúcia Araújo da Silva (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Membros do Governo, Sr.as e os Srs.
Deputados, os alunos mais carenciados vão passar a ter o pequeno-almoço gratuito nas escolas. Estamos,
assim, perante mais um avanço no reforço da ação social, tal como o foram a criação do escalão C da ação