29 DE NOVEMBRO DE 2023
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Aplausos do PS.
A Sr.ª Sónia Ramos (PSD): — Tem de ir ver as estatísticas!
O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem agora a palavra a Sr.ª
Deputada Rosário Gambôa.
A Sr.ª Rosário Gambôa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a comunicação social é, como todos
reconhecemos, um pilar do Estado de direito e da democracia. É sobre a comunicação social que o PS traz uma
proposta a este Orçamento do Estado.
O contexto de onde ela emerge prende-se fundamentalmente com as transformações sociais, o impacto que
transformações tecnológicas têm produzido na comunicação social, e os desafios que nos aportam. Com efeito,
essa transformação, se não se realizar, pode pôr em causa a sustentabilidade e a sobrevivência de muitos
órgãos de comunicação social.
Neste contexto, merecem uma atenção muito particular os órgãos de comunicação social locais e regionais
— pela sua dimensão, pela sua função na coesão social levando as notícias a todos os cantos do País e, acima
de tudo, também pela forma como incentivam a participação dos cidadãos na vida comunitária das suas
localidades.
Nesse sentido, o PS traz a este Orçamento uma proposta de alteração a alguns artigos do decreto-lei relativo
a incentivos do Estado à comunicação social, os quais visam desde logo alargar a todos os órgãos de
comunicação social, e não só à radiodifusão, como antigamente estava previsto, o apoio a projetos orientados
para a requalificação e reconversão de equipamentos e infraestruturas, incluindo já o apoio à aquisição de
software utilizado na proteção de meios digitais.
Paralelamente, e porque é vital, também vamos agir a nível da formação de jornalistas e profissionais da
comunicação social, fazendo um aditamento que introduz na formação as competências digitais e de gestão, de
modo a capacitar estes órgãos a posicionarem-se de forma estratégica no mercado dos media.
No mesmo espírito, reforça-se a formação dirigida a jornalistas e outros profissionais, alargando de 12 para
18 meses os períodos de estágio profissional promovidos pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação
Profissional) e definindo-se que os mesmos estágios têm de ser orientados por jornalistas credenciados.
Os projetos ou os programas desenvolvidos em parceria podem agora, também, contemplar as cooperativas.
E as instituições de solidariedade social que prestem serviços de apoio à terceira idade passam a usufruir de
uma assinatura anual dos jornais sediados na comunidade municipal a que pertencem.
E assim reforçamos a comunicação social e reforçamos a democracia.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Susana Barroso, do Grupo Parlamentar do PS.
A Sr.ª Susana Barroso (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, que cumprimento, Caras e Caros
Srs. Deputados, com a proposta de alteração 1791-C, o Partido Socialista propõe o alinhamento das comissões
aplicadas aos cartões de refeição aos restantes cartões, continuando assim o seu trabalho pela justiça social e
melhoria do quotidiano da população.
Os cartões de refeição são uma opção na forma de pagamento por parte das empresas aos seus
colaboradores, no que se refere à componente salarial sobre as despesas de alimentação.
O propósito desta medida prende-se com o objetivo de melhorar a aceitação destes mesmos cartões no
mercado, considerando que, à data, as elevadas taxas exercidas sobre a sua utilização têm desmotivado os
comerciantes a aderir a esta forma de pagamento, deixando, assim, os seus utilizadores limitados aos locais e
à forma como podem aplicar esta parte da sua remuneração.
Com esta medida, os cartões de refeição passam a ter limites no valor das comissões exigidas aos
comerciantes, diminuindo, assim, a inibição do lado de quem recebe esta parte do seu salário por esta via, que