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29 DE NOVEMBRO DE 2023

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O Sr. Presidente: — Cumprimento os Srs. Membros do Governo, as Sr.as e os Srs. Deputados e dou a

palavra, pelo Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal, ao Sr. Deputado Rodrigo Saraiva.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sr. Deputado Miguel Cabrita, muito obrigado

por ter vindo confirmar o que eu disse há pouco na minha intervenção.

O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Ah, muito bem!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Para os senhores vale tudo, pois acham-se os donos disto tudo.

Os senhores não têm o monopólio da defesa dos serviços públicos. A diferença é que vocês acham que

serviço público é serviço estatal, e não, não é.

O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Ah!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — É serviço ao público e pode ser prestado em algumas áreas pelo Estado e

noutras pode ser prestado pelo privado e pelo social.

O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Quais? Quais?

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — É essa a grande diferença. Portanto, não seja desonesto.

Vozes do PS: — Aaah!

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — É desonesto, é!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — A propaganda pode ficar com ela; não pode é ser desonesto, ao vir aqui

criticar, como se a Iniciativa Liberal não defendesse serviços públicos. Sim, defendemos! E o pior da

desonestidade é que, olhando para a educação, para as forças de segurança, para as forças de defesa, para

os transportes, para a justiça e para a saúde — para a saúde! —, como é que vem dizer que um partido como

a Iniciativa Liberal não defende os serviços públicos, quando vocês puseram a saúde no estado em que está?!

A marca que fica da governação socialista é a da degradação: degradação económica do poder de compra

das pessoas, degradação dos serviços públicos e, depois, com essa desonestidade — sim, desonestidade! —,

a degradação das instituições.

Aplausos da IL.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado do Grupo Parlamentar

do Bloco de Esquerda José Soeiro.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Membros do Governo,

em 2019, aprovámos neste Parlamento o Estatuto do Cuidador Informal. Em 2020, no primeiro ano, esse

Estatuto aplicava-se a 30 concelhos que tinham projetos-piloto e o Governo inscreveu no Orçamento uma verba

de 30 milhões de euros.

O que é certo é que, em 2020, deixou a verba por executar e que, em 2021, em 2022 e em 2023, já alargado

o estatuto a todo o território nacional, o Governo tem vindo a limitar o alcance desse estatuto e do apoio aos

cuidadores, excluindo os pensionistas do subsídio de apoio, obrigando à existência da mesma morada fiscal e

excluindo as pessoas que não tenham a mesma morada fiscal da pessoa cuidada, e atrasando a

regulamentação de direitos que estão inscritos no estatuto — como o descanso do cuidador informal, que o

Bloco de Esquerda propõe agora na discussão deste Orçamento na especialidade que seja gratuito.