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I SÉRIE — NÚMERO 23

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Isto desagrada a muita gente, mas não seria possível chegar ao fim de 2023 com os resultados que temos

para apresentar, apesar da crise, apesar do aumento dos juros, se não fosse esta a verdade, pois esta estratégia

tem resultado e tem resultados para os portugueses, para as famílias e para as empresas.

E que resultados são estes? Apesar do brutal aumento dos juros, apesar da desaceleração das principais

economias europeias, temos um crescimento económico acima do previsto e acima da média europeia; temos

a inflação a descer; temos exportações nos 50 % do PIB; temos investimento direto estrangeiro em máximos

históricos; temos a dívida a descer em ritmo acelerado e a chegar aos 103 %, e baixaremos dos 100 % no

próximo ano; temos o rating da dívida a melhorar; ultrapassámos Espanha há dias, pela primeira vez em termos

históricos — e tudo isto com uma situação social que temos feito questão que seja uma prioridade e que, aliás,

é parte fundamental, é uma trave-mestra desta estratégia.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Mais de 4 milhões de pobres!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — 4,6 milhões de pobres!

O Sr. Miguel Cabrita (PS): — O problema é que a direita nunca percebeu isto, nunca percebeu que não era

apesar das pessoas, que não era apesar dos rendimentos que estes resultados eram possíveis. Não é possível

ter um País melhor se as pessoas estiverem pior.

Aplausos do PS.

E eu peço-vos, por favor, que transmitam ao Dr. Luís Montenegro este recado que os portugueses lhe

transmitem.

Aplausos do PS.

A verdade é que temos hoje quase 5 milhões de pessoas empregadas, emprego, emprego, emprego,

emprego mais qualificado, com menos prioridade, desemprego abaixo dos 7 %, crescimento de salários,

aumento das pensões com o cumprimento integral da lei em todos e cada um dos anos dos Governos do PS.

Aplausos do PS.

Os portugueses sabem com quem podem contar e sabem qual foi a política ao longo destes anos.

Tentaram, aliás, criar casos sucessivos sobre isto, sobre os salários, sobre o eventual não cumprimento das

pensões, tudo falso, tudo falso! A verdade é que chegamos a este ponto com estes resultados.

E, portanto, este Orçamento do Estado para 2024 parte de bons resultados, apesar da crise, mas permite-

nos, acima de tudo, enfrentar 2024, um ano que se avizinha de incerteza e de dificuldade.

A crise política na qual a direita vê uma oportunidade, a crise política que vai pôr em causa uma das coisas

que poucos países europeus têm — estabilidade, maioria, condições de previsibilidade, de estabilidade de

políticas públicas com as quais todos podem contar —,…

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — E a corrupção!

O Sr. Miguel Cabrita (PS): —… vai responsabilizar quem provocou esta crise e vai responsabilizar com os

resultados que vierem das eleições, porque serão os portugueses a responder e serão os portugueses a dar

condições para um 2024 melhor e com capacidade para executar o que este Orçamento do Estado prevê.

Aplausos do PS.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Adão Silva.