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29 DE NOVEMBRO DE 2023

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associações juvenis e desportivas; demos mais autonomia aos jovens que se organizam no tecido associativo;

demos mais financiamento ao desporto e mais educação informal.

O ensino superior não ficou fora deste Orçamento: aumentámos o complemento de deslocação para

estudantes bolseiros deslocados de 250 € para 400 €;…

O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Muito bem!

O Sr. Diogo Cunha (PS): — … aumentámos em 100 € a dedução fiscal de rendas para todos os estudantes

deslocados; reforçámos 40 € por cada estudante bolseiro em residências. Há menos encargos para as famílias

e mais estabilidade para os jovens.

Enquanto uns nos acusam de subir impostos, nós reforçámos mais 200 milhões de euros em IRS Jovem, um

mecanismo que agora isenta em IRS os rendimentos no primeiro ano de trabalho e aumenta o montante salarial

isento de impostos. Num total de 5 anos, são 70 000 € que se devolvem a cada jovem.

Aplausos do PS.

Ao contrário da proposta do PSD, este é um IRS Jovem progressivo. Não é como a vossa proposta, nos

termos da qual, a partir dos 35 anos, triplica o valor dos impostos pagos pelos jovens.

Aplausos do PS.

Mas fomos mais longe. Os rendimentos para os recém-licenciados aumentam, uma vez que passam a

receber o valor de um ano de propina por cada ano de trabalho declarado em Portugal. São 215 milhões de

euros, 250 000 estudantes abrangidos, mais rendimentos para os jovens, mais emancipação.

Sr. Presidente, este Orçamento tem uma marca de seriedade de quem cumpre, de quem faz,…

Risos do Deputado do CH André Ventura.

… de quem mantém as contas certas, de quem quer um Portugal melhor para todos.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Vá, agora a sério!

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Diogo Cunha tem um pedido de esclarecimento. Para o formular, tem

a palavra a Sr.ª Deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Diogo Cunha, aquilo que o Partido Socialista

propõe é o que já foi chamado, neste debate orçamental, um modelo de juventude «desconto em cartão». É o

desconto no IRS para jovens que mal recebem para pagar IRS, porque os salários não dão para isso. É o

desconto no pagamento das residências universitárias, que não existem, porque o PS falhou em construí-las. É

a devolução das propinas no futuro, quando os jovens sofrem para pagar as propinas agora.

As medidas sérias e corajosas que era preciso levar para a frente — as medidas de investimento público no

ensino superior, as medidas que acabam com as propinas, as medidas que impõem, de facto, o fim da crise

habitacional e que permitem aos jovens ter alojamento a preços razoáveis — não existem.

A minha pergunta é muito simples: quando é que vamos parar de olhar para esta juventude como a juventude

do «desconto em cartão» e vamos passar a reconhecer-lhes direitos, como aqueles que o Bloco de Esquerda

propõe? É muito simples: esses direitos estão no salário, nos direitos laborais e no combate à crise da habitação.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Cunha.